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Moody's eleva Brasil Foods para grau de investimento

Agência destaca porém que a permuta de ativos com a Marfrig pode ter leve impacto negativo

 Moody's eleva Brasil Foods para grau de investimento (Mauricio Lima/AFP)

Moody's eleva Brasil Foods para grau de investimento (Mauricio Lima/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2012 às 12h03.

São Paulo – A agência de classificação de riscos Moody's elevou os ratings de dívida da Brasil Foods (BRFS3) para Baa3 em moeda estrangeira, que caracteriza grau de investimento. O rating anterior era de Ba1, nota corporativa que considerava a empresa como sendo de grau especulativo. A perspectiva do rating é estável.

A elevação afeta duas séries de títulos de dívidas da empresa que somam 1 bilhão de dólares, com prazos entre 2017 e 2020.

Segundo comunicado, a elevação do rating reflete o bom perfil de negócio da Brasil Foods, uma posição financeira sólida, e a liderança em segmentos relevantes do setor de alimentos. “Em nossa visão, o valor acrescentado ao portfólio da empresa e a solidez das marcas trazem margens sólidas e tornam a companhia mais resistente à volatilidade dos preços das commodities”, afirmou Marianna Waltz, analista da Moody's, no relatório. Como resultado desse perfil, a empresa é menos afetada pelo cenário competitivo do que seus pares do setor de proteínas, avalia a agência.

A Moody's também citou a estrutura de logística e distribuição da companhia e a melhora na performance operacional e geração de caixa como pontos positivos, que colaboram para o novo rating.

Do lado negativo, a agência de rating afirmou que a conclusão da permuta de ativos com a Marfrig (classificada como B1, com perspectiva negativa), que terá algumas restrições de acordo com parecer do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), pode afetar levemente os resultados da companhia, mas que tanto alavancagem, quanto geração de caixa, ainda continuarão em níveis confortáveis.

A perspectiva estável reflete a opinião da Moody’s de que a Brasil Foods poderá recuperar as vendas internas durante 2012 enquanto se mantém lucrativa. Também incorpora a expectativa de que a estratégia de expansão será conduzida de maneira conservadora e prudente.

Um aumento no rating poderia acontecer se a companhia aumentasse a participação dos produtos processados em seu portfólio para 70% das vendas totais e ainda assim manter uma geração de caixa positiva.

Já um rebaixamento poderia vir se a empresa se mostrasse incapaz de entregar um crescimento orgânico ao redor de 5% em seus resultados, e de ao menos dois dígitos em sua margem ebitda de maneira sustentável.

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