Moody's deve rebaixar RBS e Lloyds até fim do mês
Nota dos bancos devem cair devido às dúvidas sobre uma possível ajuda do governo em caso de problemas
Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2011 às 17h35.
Londres - Os bancos Royal Bank of Scotland (RBS) e Lloyds, os quais o governo do Reino Unido possui uma participação, poderiam em alguns dias enfrentar cortes em seus ratings de crédito de longo prazo similares aos que atingiram importantes bancos dos Estados Unidos na quarta-feira - Bank of America, Wells Fargo e Citigroup. A agência de classificação de risco Moody's está avaliando as possibilidades desses bancos britânicos conseguirem mais ajuda do governo, caso necessitem.
As ações dos bancos dos EUA caíram na quarta-feira, após a agência cortar os ratings dos três, refletindo a nova legislação do país. A revisão dos bancos dos EUA, iniciada em junho, é similar a uma em andamento a respeito de 14 bancos britânicos e instituições financeiras que se dedicam sobretudo a empréstimos hipotecários, que começou no final de maio para refletir mudanças nas expectativas de ajuda estatal. A Moody's informou anteriormente que pretende concluir essa revisão no Reino Unido até o fim do mês.
A avaliação nos ratings ocorre no momento em que o governo britânico busca eliminar totalmente a percepção de que os contribuintes pagarão a conta se os bancos estiverem em dificuldade. A Moody's informou que a mudança na classificação do rating de três bancos dos EUA é resultado de uma redução na probabilidade de o governo dos EUA prestar apoio, após a lei Dodd-Frank ser introduzida exigindo que os bancos tenham planos para eventuais falências e que os detentores de bônus arquem com as perdas.
No Reino Unido, reformas apoiadas pelo governo na semana passada anunciadas pela Comissão Independente sobre o Sistema Bancário (ICB, na sigla em inglês) buscam que os contribuintes deixem de arcar com a maior parte dos custos de futuras quebras de bancos, além de reduzir bastante um subsídio multibilionário que os bancos recebem em seus custos de financiamento, por terem esse apoio oficial implícito.
O RBS e o Lloyds são vistos por analistas como os mais vulneráveis a rebaixamentos, já que seus atuais ratings incorporam cinco e quatro notas, respectivamente, fruto de apoio estatal em seus principais ratings de longo prazo. Os dois bancos precisaram de pacotes de ajuda na crise financeira, e 83% do RBS e 41% do Lloyds pertencem ao Estado britânico.
Analistas de crédito dizem que a Moody's pode aproximar a classificação dos bancos dos rivais Barclays e HSBC, considerados vitais para o sistema bancário do país, mas que nunca receberam apoio estatal direto. O Barclays recebe três notas por esse apoio implícito, enquanto o HSBS recebe duas. Barclays e HSBC não são parte da revisão.
A Moody's sinalizou que RBS e Lloyds devem manter um alto nível de apoio sistêmico em seus ratings, pelo menos por ora. No seu anúncio da revisão feito em maio, a agência disse que consideraria o apoio político a mais auxílio dos contribuintes para o sistema financeiro, porém a Moody's disse não acreditar que os reguladores "atualmente têm todas as ferramentas necessárias para ajudar essas instituições sem causar instabilidade financeira". As informações são da Dow Jones.
Londres - Os bancos Royal Bank of Scotland (RBS) e Lloyds, os quais o governo do Reino Unido possui uma participação, poderiam em alguns dias enfrentar cortes em seus ratings de crédito de longo prazo similares aos que atingiram importantes bancos dos Estados Unidos na quarta-feira - Bank of America, Wells Fargo e Citigroup. A agência de classificação de risco Moody's está avaliando as possibilidades desses bancos britânicos conseguirem mais ajuda do governo, caso necessitem.
As ações dos bancos dos EUA caíram na quarta-feira, após a agência cortar os ratings dos três, refletindo a nova legislação do país. A revisão dos bancos dos EUA, iniciada em junho, é similar a uma em andamento a respeito de 14 bancos britânicos e instituições financeiras que se dedicam sobretudo a empréstimos hipotecários, que começou no final de maio para refletir mudanças nas expectativas de ajuda estatal. A Moody's informou anteriormente que pretende concluir essa revisão no Reino Unido até o fim do mês.
A avaliação nos ratings ocorre no momento em que o governo britânico busca eliminar totalmente a percepção de que os contribuintes pagarão a conta se os bancos estiverem em dificuldade. A Moody's informou que a mudança na classificação do rating de três bancos dos EUA é resultado de uma redução na probabilidade de o governo dos EUA prestar apoio, após a lei Dodd-Frank ser introduzida exigindo que os bancos tenham planos para eventuais falências e que os detentores de bônus arquem com as perdas.
No Reino Unido, reformas apoiadas pelo governo na semana passada anunciadas pela Comissão Independente sobre o Sistema Bancário (ICB, na sigla em inglês) buscam que os contribuintes deixem de arcar com a maior parte dos custos de futuras quebras de bancos, além de reduzir bastante um subsídio multibilionário que os bancos recebem em seus custos de financiamento, por terem esse apoio oficial implícito.
O RBS e o Lloyds são vistos por analistas como os mais vulneráveis a rebaixamentos, já que seus atuais ratings incorporam cinco e quatro notas, respectivamente, fruto de apoio estatal em seus principais ratings de longo prazo. Os dois bancos precisaram de pacotes de ajuda na crise financeira, e 83% do RBS e 41% do Lloyds pertencem ao Estado britânico.
Analistas de crédito dizem que a Moody's pode aproximar a classificação dos bancos dos rivais Barclays e HSBC, considerados vitais para o sistema bancário do país, mas que nunca receberam apoio estatal direto. O Barclays recebe três notas por esse apoio implícito, enquanto o HSBS recebe duas. Barclays e HSBC não são parte da revisão.
A Moody's sinalizou que RBS e Lloyds devem manter um alto nível de apoio sistêmico em seus ratings, pelo menos por ora. No seu anúncio da revisão feito em maio, a agência disse que consideraria o apoio político a mais auxílio dos contribuintes para o sistema financeiro, porém a Moody's disse não acreditar que os reguladores "atualmente têm todas as ferramentas necessárias para ajudar essas instituições sem causar instabilidade financeira". As informações são da Dow Jones.