Mercados

Minerva despenca 8,4% após anúncio de oferta de ações

Frigorífico irá utilizar os recursos para desalavancagem e investimentos


	As ações do frigorífico acumulam uma valorização de 120% em 2012
 (Gustavo Kahil/EXAME.com)

As ações do frigorífico acumulam uma valorização de 120% em 2012 (Gustavo Kahil/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2012 às 18h10.

São Paulo – O frigorífico Minerva despencou na bolsa nesta segunda-feira com os investidores avaliando os efeitos da diluição do capital após o anúncio de uma oferta de novas ações. A empresa planeja emitir 37,5 milhões de ações em uma oferta primária (os recursos vão para a companhia), que pode ser acrescida de uma operação secundária (o dinheiro vai para o vendedor) de mais 7,5 milhões de papéis.

Na mínima da sessão, os ativos (BEEF3) foram negociados a 10,8 reais, uma queda de 8,4%. Levando em consideração o preço de fechamento de sexta-feira, a oferta poderá reforçar o caixa da empresa com 442,125 milhões de reais. Como a venda primária ainda conta a possibilidade de um acréscimo de 15%, o valor pode saltar a 508 milhões de reais.

“A empresa pretende reforçar seu caixa em função de sua ainda alta alavancagem, apesar da redução demostrada no balanço no último trimestre. Apesar da necessidade da empresa, o movimento deve ser mal visto pelos investidores em função da potencial diluição junto aos acionistas minoritários, que se aproximaria de 25,6% após a adição das novas ações”, ressalta a Ativa Corretora, em um relatório.

O analista do Itaú BBA, Alexandre Miguel, avalia que a operação reduziria o preço-alvo à minerva de R$ 14 reais para R$ 12,70.

Acompanhe tudo sobre:Alimentos processadosB3bolsas-de-valoresCarnes e derivadosEmpresasMinerva Foods

Mais de Mercados

Dólar em queda e bolsa em alta: as primeiras reações no mercado após desistência de Biden

Realização de lucros? Buffett vende R$ 8 bilhões em ações do Bank of America

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Mais na Exame