Minério recua de pico de três meses com incerteza sobre demanda
O mercado avalia se as mais recentes medidas da China para impulsionar a economia, especialmente o setor imobiliário
Agência de notícias
Publicado em 21 de julho de 2023 às 09h45.
O minério de ferro recuou de seu fechamento mais alto em três meses, em meio a preocupações persistentes com a desaceleração da demanda por aço na China.
A matéria-prima siderúrgica caiu até 2,1% nesta sexta-feira em Singapura, para US$ 112,30 a tonelada, apagando os ganhos da semana depois de fechar no nível mais alto desde 20 de abril na quinta.
O mercado avalia se as mais recentes medidas da China para impulsionar a economia, especialmente o setor imobiliário, serão suficiente para aquecer a demanda, enquanto a perspectiva para os suprimentos das mineradoras australianas e da brasileira Vale é robusta.
Impacto limitado
O minério de ferro pode cair para US$ 100 a tonelada no quarto trimestre, à medida que a demanda por aço na China se enfraquece, segundo o Commonwealth Bank of Australia. Provavelmente haverá “impacto limitado” das medidas de apoio nas próximas semanas, com as condições no setor imobiliário “claramente piorando”, disse o analista Vivek Dhar.
O minério de ferro caiu 13% no segundo trimestre, com o aumento das preocupações com a China. No início desta semana, a Rio Tinto avisou que vê “ventos contrários persistentes” para a recuperação da demanda de aço do país, deixando inalterada a estimativa de exportação da empresa para o ano.
O cobre e o níquel eram negociados em alta na Bolsa de Metais de Londres, depois que a Chinadelineoumais medidas para estimular a compra de carros, especialmente veículos elétricos.