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Mesmo com IGP-M elevado e dólar, juros avançam pouco

Investidores mantiveram perspectiva de que haverá aumento de 0,50 ponto porcentual da Selic em outubro e elevação provável de igual intensidade em novembro

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (25.770 contratos) marcava 9,24% (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2013 às 17h07.

São Paulo - Nem a primeira prévia do IGP-M acima das expectativas nem o dólar em leve alta foram suficientes para mudar o patamar das taxas futuras de juros de forma consistente nesta terça-feira, 10.

Apesar da reação inicial ao indicador de inflação da Fundação Getulio Vargas (FGV), os investidores mantiveram a perspectiva de que haverá mais um aumento de 0,50 ponto porcentual da Selic em outubro e, provavelmente, uma elevação de igual intensidade em novembro.

Deste ponto, no entanto, acreditam que o Banco Central (BC) não passará. Como o dólar permaneceu relativamente comportado e a atividade não deu qualquer sinal de recuperação mais firme, os vencimentos mais longos também não encontraram suporte para subir.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (25.770 contratos) marcava 9,24%, de 9,23% no ajuste anterior.

O vencimento para janeiro de 2015 (237.450 contratos) indicava taxa de 10,32%, de 10,29%. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (138.955 contratos) apontava 11,55%, de 11,53% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (4.130 contratos) estava em 11,95%, de 11,96% no ajuste anterior.

"O IGP-M foi mais olhado pela manhã. Mas o efeito foi se diluindo ao longo da sessão. Mesmo porque, esse indicador não muda, por ora, a leitura de que o Banco Central fará, no máximo, mais dois movimentos de 0,50 ponto porcentual da Selic", afirmou um operador, mencionando ainda que a liquidez permaneceu reduzida, a exemplo do pregão da véspera.

Logo cedo, a FGV informou que a primeira prévia do IGP-M de setembro subiu 1,02%, ante alta de 0,13% em igual prévia do mesmo índice no mês passado. O resultado superou o teto das estimativas do AE Projeções, de 0,93%. A inflação no setor agropecuário subiu 2,22%, após queda de 0,51% na primeira prévia de agosto. A inflação industrial atacadista também teve forte avanço, de 0,40% para 1,13%.


Apesar dos números expressivos, segundo um profissional da área de renda fixa, a alta foi puxada, principalmente, pela soja, que mostrou inflação de 9,72% nesta prévia, ante queda de 2,82% em igual medição de agosto. A variação embute reflexos do câmbio na inflação.

No entanto, de acordo com essa fonte, a soja tem efeito limitado sobre a inflação ao consumidor, uma vez que é usada para alimentação animal e não diretamente para o consumo, o que tende a diminuir o repasse ao longo da cadeia. Nesta terça, o dólar à vista no mercado de balcão terminou a R$ 2,2860, com alta de 0,40%.

Vale destacar ainda que os dados de atividade seguem titubeantes neste terceiro trimestre, o que pode ajudar a amenizar as preocupações com os preços, bem como pesar nas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom).

Mais cedo, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) informou que as vendas no varejo caíram 0,62% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em relação julho, houve aumento de 0,8%.

No exterior, os dados chineses continuaram a favorecer o apetite por risco. Mas, além disso, as tensões envolvendo a Síria voltaram a esmorecer diante de uma possível solução diplomática para o problema.

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Apesar da reação inicial ao indicador de inflação da Fundação Getulio Vargas (FGV), os investidores mantiveram a perspectiva de que haverá mais um aumento de 0,50 ponto porcentual da Selic em outubro e, provavelmente, uma elevação de igual intensidade em novembro.

Deste ponto, no entanto, acreditam que o Banco Central (BC) não passará. Como o dólar permaneceu relativamente comportado e a atividade não deu qualquer sinal de recuperação mais firme, os vencimentos mais longos também não encontraram suporte para subir.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (25.770 contratos) marcava 9,24%, de 9,23% no ajuste anterior.

O vencimento para janeiro de 2015 (237.450 contratos) indicava taxa de 10,32%, de 10,29%. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (138.955 contratos) apontava 11,55%, de 11,53% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (4.130 contratos) estava em 11,95%, de 11,96% no ajuste anterior.

"O IGP-M foi mais olhado pela manhã. Mas o efeito foi se diluindo ao longo da sessão. Mesmo porque, esse indicador não muda, por ora, a leitura de que o Banco Central fará, no máximo, mais dois movimentos de 0,50 ponto porcentual da Selic", afirmou um operador, mencionando ainda que a liquidez permaneceu reduzida, a exemplo do pregão da véspera.

Logo cedo, a FGV informou que a primeira prévia do IGP-M de setembro subiu 1,02%, ante alta de 0,13% em igual prévia do mesmo índice no mês passado. O resultado superou o teto das estimativas do AE Projeções, de 0,93%. A inflação no setor agropecuário subiu 2,22%, após queda de 0,51% na primeira prévia de agosto. A inflação industrial atacadista também teve forte avanço, de 0,40% para 1,13%.


Apesar dos números expressivos, segundo um profissional da área de renda fixa, a alta foi puxada, principalmente, pela soja, que mostrou inflação de 9,72% nesta prévia, ante queda de 2,82% em igual medição de agosto. A variação embute reflexos do câmbio na inflação.

No entanto, de acordo com essa fonte, a soja tem efeito limitado sobre a inflação ao consumidor, uma vez que é usada para alimentação animal e não diretamente para o consumo, o que tende a diminuir o repasse ao longo da cadeia. Nesta terça, o dólar à vista no mercado de balcão terminou a R$ 2,2860, com alta de 0,40%.

Vale destacar ainda que os dados de atividade seguem titubeantes neste terceiro trimestre, o que pode ajudar a amenizar as preocupações com os preços, bem como pesar nas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom).

Mais cedo, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) informou que as vendas no varejo caíram 0,62% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em relação julho, houve aumento de 0,8%.

No exterior, os dados chineses continuaram a favorecer o apetite por risco. Mas, além disso, as tensões envolvendo a Síria voltaram a esmorecer diante de uma possível solução diplomática para o problema.

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