Mercados

Mesmo após prejuízo, ação da B2W sobe 14% e anula perdas do ano

Com um dos piores desempenhos do Ibovespa, varejista virou o jogo ao mostrar uma geração de caixa que agradou os investidores

18 - B2W Digital (./Divulgação)

18 - B2W Digital (./Divulgação)

TL

Tais Laporta

Publicado em 9 de agosto de 2019 às 12h15.

Última atualização em 9 de agosto de 2019 às 18h39.

A varejista online B2W disparava na bolsa na manhã desta sexta-feira (8), apesar de divulgar um prejuízo líquido 15,1% maior no segundo trimestre. As ações valorizaram 17,75%, negociadas ao redor de R$ 44, após a companhia divulgar na véspera seus resultados.

A alta desta sessão praticamente anulou a desvalorização acumulada da empresa na bolsa em 2019. A B2W vinha tendo um dos piores desempenhos do Ibovespa até então, em baixa em torno de 14%.

Com os números mistos apresentados pela companhia, os investidores mostraram que estão mais preocupados com a geração de caixa e menos com o lucro.

O dado que eles esperavam veio positivo. A geração de caixa, um importante indicador da saúde financeira da empresa, foi de 6 milhões de reais, enquanto as vendas totais cresceram 22 por cento, alcançando 3,9 bilhões de reais.

No entanto, a varejista online ainda apresenta um alto nível de endividamento, com um aumento de 13 por cento das despesas financeiras, ajudando a derrubar o prejuízo líquido, de 110 milhões de reais para 127 milhões de reais.

Em relatório, a Levante Investimentos destacou que o lado positivo do balanço deve prevalecer, com expectativa de uma valorização das ações no curto prazo.

Desempenho ruim no ano

Mais de um ano após integrar suas operações com as lojas Americanas, a B2W chegou a acumular uma desvalorização de 20,66% no primeiro semestre, com as ações negociadas a R$ 32,64 – o terceiro pior desempenho do índice no período.

A dona dos sites Americanas.com, Submarino.com, Shoptime e Sou Barato divulgou um prejuízo de R$ 139 milhões no primeiro trimestre, um pouco pior que o resultado negativo de R$ 116,9 milhões no mesmo período do ano anterior. O resultado ruim veio apesar do crescimento de 15% nas vendas online.

A integração com as Lojas Americanas é um passo para tentar concretizar o sonho da B2W de recuperar a maior fatia do comércio eletrônico no Brasil. Em 2008, o market share da empresa era de 40%. A plataforma online encontrou em seu caminho a impressionante guinada do Magazine Luiza,  que multiplicou o valor de mercado em poucos anos.

Mesmo ainda no campo da promessa, a B2W ainda recebe um voto de confiança dos investidores, que apostam que as perdas recentes na bolsa e nos balanços financeiros são apenas de curto prazo.

Acompanhe tudo sobre:AmericanasB2W

Mais de Mercados

Ações da Usiminas (USIM5) caem 16% após balanço; entenda

"Se tentar prever a direção do mercado, vai errar mais do que acertar", diz Bahia Asset

"O dólar é o grande quebra-cabeça das políticas de Trump", diz Luis Otavio Leal, da G5 Partners

Ibovespa fecha em alta de mais de 1% puxado por Vale (VALE3)

Mais na Exame