Mercados

Mercados europeus começam semana com cautela

São Paulo - A cautela persistia na cena financeira global nesta segunda-feira, com investidores ainda digerindo a recente safra de indicadores sinalizando fraqueza da retomada norta-americana. A revisão positiva do plano fiscal grego, que abriu espaço para possível nova injeção de recursos no país, trouxe algum alento, mas protestos em Atenas sugeriam as dificuldades à […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2011 às 07h58.

São Paulo - A cautela persistia na cena financeira global nesta segunda-feira, com investidores ainda digerindo a recente safra de indicadores sinalizando fraqueza da retomada norta-americana. A revisão positiva do plano fiscal grego, que abriu espaço para possível nova injeção de recursos no país, trouxe algum alento, mas protestos em Atenas sugeriam as dificuldades à frente para implementar as medidas de austeridade necessárias.

O governo do Partido Socialista grego começa a discutir às 8h (horário de Brasília) um plano econômico de médio prazo que imporá 6,4 bilhões de euros em medidas adicionais apenas neste ano. É a primeira etapa do movimento para transformar em lei o plano acertado na sexta-feira com a UE e o FMI, em troca de outra assistência financeira. O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, apresentará o plano ao conselho político de seu partido na terça-feira, antes que o gabinete o aprove e o submeta ao Parlamento.

Nesse cenário, o euro seguia próximo da máxima em um mês, embora com variação tímida nesta sessão, quando a cotação também reflete expectativa de que o Banco Central Europeu sinalizará ao término da reunião no próximo dia 9 uma alta do juro em julho. Às 7h35, divisa era cotada a 1,4614 dólar, ante 1,4634 dólar na sexta-feira.

Ainda no segmento cambial, o índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais moedas globais, oscilava ao redor da estabilidade, com leve acréscimo de 0,06 por cento. Ante o iene, o dólar era transacionado a 80,05 ienes, ante 80,26 ienes no fechamento anterior.

Nas praças acionárias, o europeu FTSEurofirst 300 cedia 0,37 por cento, enquanto o futuro do S&P-500 perdia 0,15 por cento --2 pontos-- nos EUA. Na Ásia, não houve negociação na bolsa de Xangai por feriado, enquanto o Nikkei terminou o dia em Tóquio em baixa de 1,18 por cento. O índice MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão situava-se ao redor da estabilidade, enquanto o MSCI global caía 0,06 por cento e para emergentes, 0,05 por cento.

Entre as commodities, o petróleo negociado nas operações eletrônicas em Nova York recuava 0,81 por cento, a 99,41 dólares. Em Londres, o Brent registrava queda de 0,79 por cento, a 114,92 dólares. Ainda na City londrina, o cobre verificava elevação de 0,45 por cento.

No Brasil, a sessão traz as tradicionais divulgações de segunda-feira, como o desempenho semanal da balança comercial e a pesquisa Focus, além de dados sobre a confiança do setor de serviços e a indústria automobilística, preparando investidores para uma semana intensa, que inclui decisão de juros. A cena política também deve ser discutida entre os agentes financeiros após as explicações do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, em entrevista ao Jornal Nacional, na sexta-feira.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Mercados

Azul sobe 19% e lidera altas com anúncio de acordo com credores

O que está por trás do ‘banho de água fria’ da China no mercado, segundo a Gavekal

Frustração com China derruba Vale e puxa Ibovespa para baixo; Azul dispara 16%

Volta da China, Azul e sabatina do Galípolo: o que move o mercado