Nova York - As bolsas de valores dos Estados Unidos operavam em leve queda nesta terça-feira, após três dias de ganhos, mas os declínios podem ser limitados, pois os investidores adaptaram-se a uma estratégia defensiva.

O índice de volatilidade da CBOE caía 2,9 por cento, não muito longe do nível registrado antes que o terremoto e o tsunami no Japão gerassem uma disparada no indicador. Isso sugere que o investidor está mais confiante sobre a resolução dos problemas japoneses e dos conflitos no Oriente Médio e no norte da África.

Recentemente, o índice de volatilidade tem operado em direção oposta ao S&P 500.

"Há uma calma relativa nos mercados, enquanto os investidores planejam seus próximos passos, apesar de estarmos voando em meio a neblina com todas as questões que continuam incertas", disse Jeffrey Davis, que administra 5 bilhões de dólares como diretor-executivo do Lee Munder Capital Group, em Boston.

Os combates na Líbia e a insurgência no Iêmen contribuíam para a alta do petróleo, que pressionava as ações. Os futuros do óleo para abril subiam 1,4 por cento, e o petróleo Brent avançava para 115,41 dólares o barril.

Davis disse que a crise deixou os investidores com posições conservadoras, algo que pode limitar as perdas do mercado. "A maioria dos investidores está bem segura agora, e eu suspeito que o índice de volatilidade deva continuar a cair gradualmente." Às 13h48 (horário de Brasília), o índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, tinha oscilação negativa de 0,09 por cento, para 12.025 pontos. O Standard & Poor's 500  caía 0,20 por cento, a 1.295 pontos.

O termômetro de tecnologia Nasdaq perdia 0,22 por cento, para 2.686 pontos.

A Netflix tinha um dos maiores ganhos percentuais, subindo 3 por cento, para 219,19 dólares, após o Credit Suisse elevar a ação da empresa para "outperform" (acima da média do mercado).

A Sprint Nextel avançava 3 por cento, para 4,50 dólares, recuperando-se das fortes perdas do último pregão.

O diretor-executivo da Verizon Wireless disse que não tem interesse em comprar a Sprint Nextel, mesmo que a companhia possa perder a liderança no mercado wireless dos EUA por causa da compra planejada da T-Mobile USA pela AT&T .