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Mercado tem leve alta, mas Petrobras e bancos pesam contra

No campo positivo, o índice era guiado pelas ações da mineradora Vale, depois de o BC ter decidido elevar a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual


	Bovespa: às 11h40, o Ibovespa tinha variação positiva de 0,06 por cento, a 50.135 pontos
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Bovespa: às 11h40, o Ibovespa tinha variação positiva de 0,06 por cento, a 50.135 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2014 às 10h50.

São Paulo - A Bovespa exibia leve alta nesta quinta-feira, com o mercado recebendo bem a decisão do Banco Central brasileiro de elevar a taxa Selic a 10,5 por cento ao ano, mas com as ações da Petrobras e de bancos exercendo pressão de baixa.

Às 11h40, o Ibovespa tinha variação positiva de 0,06 por cento, a 50.135 pontos. O giro financeiro do pregão era de 950 milhões de reais. No campo positivo, o índice era guiado pelas ações da mineradora Vale, depois de o BC ter decidido elevar a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual após o fechamento do mercado na quarta-feira. Foi a sétima alta seguida da Selic.

"O pensamento racional seria de que o mercado cairia, com os ativos da bolsa ficando menos atrativos. Mas a decisão de ontem mostra que o governo está mais comprometido com o combate à inflação. É uma decisão que tenta resgatar um pouco da credibilidade perdida nos últimos meses", afirmou o gestor Rafael Barros, da Humaitá Investimentos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2013 com alta de 5,91 por cento, acima das expectativas do mercado e frustrando o objetivo do governo de ver a inflação recuar ante o ano anterior. Além da Vale, papéis de siderurgia também subiam no fim desta manhã. "Há uma tendência de curto prazo de aumento de preços no mercado internacional, o que pode estar repercutindo favoravelmente", disse Barros, da Humaitá. Contudo, ações de bancos pesavam sobre o Ibovespa, impedindo uma alta mais consistente, aliadas à blue chip Petrobras , que tinha um dia de volatilidade.

Os papéis da petroleira abriram em queda, depois de o Ministério de Minas e Energia ter negado a veracidade de notícia do site do jornal "Folha de S.Paulo" afirmando que o governo e a estatal estimam um novo aumento da gasolina e do diesel para junho. Na sessão anterior, expectativas de um reajuste foram responsáveis por uma guinada nos papéis da estatal.

Nesta quinta, as ações da Petrobras chegaram a inverter a baixa inicial, mas depois acabaram voltando para o vermelho.

Participantes do mercado citavam a inflação oficial acima do esperado em 2013 e a recente captação feita pela companhia como fatores que tornam um reajuste dos combustíveis improvável no ano que vem.

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