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Ibovespa perde 1% em dia de menor volume por feriado nos EUA

Feriado do Dia dos Presidentes nos EUA manteve os mercados financeiros norte-americanos fechados, produzindo um dia de baixa liquidez


	Bovespa: giro financeiro do pregão desta segunda-feira foi de R$ 5,3 bilhões
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Bovespa: giro financeiro do pregão desta segunda-feira foi de R$ 5,3 bilhões (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2014 às 18h44.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou no vermelho nesta segunda-feira, pregão de queda generalizada, com o feriado nos Estados Unidos reduzindo a atividade de investidores e a liquidez do pregão, o que tende a favorecer movimentos mais acentuados.

O feriado do Dia dos Presidentes nos EUA manteve os mercados financeiros norte-americanos fechados, produzindo um dia de baixa liquidez na Bovespa, cujo giro financeiro, de 5,3 bilhões de reais, só não foi menor por conta do vencimento de opções sobre ações. Segundo a BM&FBovespa, o exercício de contratos movimentou 1,7 bilhão de reais nesta segunda. O Ibovespa caiu 1,3 por cento, a 47.576 pontos.

"A bolsa está sem liquidez aqui, hoje foi vencimento e bateram forte nos papéis. O baixo volume cria uma situação atípica, porque na sexta-feira a bolsa subiu e, como o mercado está muito instável, qualquer alta chama uma realização", afirmou o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, acrescentando que também geraram desconforto incertezas quanto à economia doméstica.

A pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira mostrou que economistas de instituições financeiras reduziram com força a perspectiva para o crescimento da economia neste ano, a 1,79 por cento, ante 1,90 por cento na semana anterior. Ações do setor elétrico, com destaque para distribuidoras de energia como CPFL Energia, Eletropaulo e Eletrobras, constaram entre as quedas mais acentuadas do Ibovespa neste pregão.

Segundo a equipe de análise da Coinvalores, o setor elétrico sofreu com a incerteza em torno do anúncio dos recursos que o governo deve destinar para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) por ocasião da divulgação da nova meta de superávit primário nesta semana. O volume da contribuição, que ajudará a pagar os maiores custos de energia devido ao acionamento das termelétricas, deve determinar o tamanho da conta que as distribuidoras de energia poderão repassar aos consumidores, diante de sinalização do governo para buscar um equilíbrio de despesas.

Ainda no setor corporativo, a siderúrgica Usiminas também caiu forte depois da queda já acentuada de sexta-feira, quando o balanço da companhia no quarto trimestre desagradou o mercado. No sentido oposto, destacou-se a ação da Brookfield , que disparou 18,55 por cento, após anúncio da controladora da empresa, no final da sexta-feira, de que fará uma oferta pública de aquisição de ações (OPA) para tirar a incorporadora da bolsa.

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