Mercado mantém aposta em Selic menor e DIs recuam
Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 indicava 7,95%
Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2012 às 16h52.
São Paulo - A curva a termo de juros futuros passou por um pequeno processo de inclinação nesta sexta-feira, com leve devolução de prêmios nas taxas curtas e avanço nas longas. Esse desenho está ligado aos sinais de desaceleração econômica que se espalham também pelos países emergentes. Com os mercados ocidentais ainda fechados, China e Índia anunciaram dados decepcionantes de produção industrial. Além disso, o impasse político na Grécia e a situação dos bancos espanhóis continuaram pesando. O único alívio, e mesmo assim sem força para inverter definitivamente o rumo dos juros e do mercado em geral, veio do índice de sentimento do consumidor dos Estados Unidos, que atingiu o maior valor em mais de quatro anos.
Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (314.300 contratos) indicava 7,95%, de 8,00% no ajuste de quinta-feira. O DI janeiro de 2014 (292.075 contratos) estava quase de lado, em 8,47%, de 8,46% na véspera. Entre os longos, o DI janeiro de 2017, com giro de 40.120 contratos, subia para a máxima de 9,76%, ante 9,68% no ajuste, enquanto o DI janeiro de 2021 (apenas 510 contratos) avançava para 10,25%, de 10,17% na quinta-feira.
Alguns dados ruins aqui e lá de fora sustentam a avaliação de que a Selic seguirá em queda no curto prazo. Nesta sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o emprego industrial recuou 0,4% em março na comparação com fevereiro, na série livre de influências sazonais, após ter registrado -0,3% em janeiro e 0,1% em fevereiro.
A China, por sua vez, informou que sua produção industrial desacelerou para uma expansão de 9,3% em abril, ante 11,9% em março e estimativas de que cresceria 12,2%. Na Índia, outro integrante dos Brics, a produção industrial retrocedeu 3,5% em março deste ano, ante março de 2011. A queda surpreendeu, uma vez que os economistas esperavam aumento de 1,5%.
Outra notícia que preocupou foi o anúncio do JPMorgan de que pode ter perdas de US$ 2 bilhões no segundo trimestre com transações com veículos sintéticos de crédito nas últimas seis semanas, o que espalhou medo entre os investidores de que isso possa ocorrer com outros bancos nos Estados Unidos.
O único dado positivo do dia, o sentimento do consumidor dos EUA, ajudou a tirar os mercados acionários do vermelho temporariamente, resultando, por outro lado, na queda do dólar. Mas esse quadro não se sustentou durante a tarde. O índice medido pela Reuters/Universidade de Michigan subiu para 77,8 na leitura preliminar de maio, de 76,4 na leitura final de abril e ante expectativas de 76,0.
São Paulo - A curva a termo de juros futuros passou por um pequeno processo de inclinação nesta sexta-feira, com leve devolução de prêmios nas taxas curtas e avanço nas longas. Esse desenho está ligado aos sinais de desaceleração econômica que se espalham também pelos países emergentes. Com os mercados ocidentais ainda fechados, China e Índia anunciaram dados decepcionantes de produção industrial. Além disso, o impasse político na Grécia e a situação dos bancos espanhóis continuaram pesando. O único alívio, e mesmo assim sem força para inverter definitivamente o rumo dos juros e do mercado em geral, veio do índice de sentimento do consumidor dos Estados Unidos, que atingiu o maior valor em mais de quatro anos.
Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (314.300 contratos) indicava 7,95%, de 8,00% no ajuste de quinta-feira. O DI janeiro de 2014 (292.075 contratos) estava quase de lado, em 8,47%, de 8,46% na véspera. Entre os longos, o DI janeiro de 2017, com giro de 40.120 contratos, subia para a máxima de 9,76%, ante 9,68% no ajuste, enquanto o DI janeiro de 2021 (apenas 510 contratos) avançava para 10,25%, de 10,17% na quinta-feira.
Alguns dados ruins aqui e lá de fora sustentam a avaliação de que a Selic seguirá em queda no curto prazo. Nesta sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o emprego industrial recuou 0,4% em março na comparação com fevereiro, na série livre de influências sazonais, após ter registrado -0,3% em janeiro e 0,1% em fevereiro.
A China, por sua vez, informou que sua produção industrial desacelerou para uma expansão de 9,3% em abril, ante 11,9% em março e estimativas de que cresceria 12,2%. Na Índia, outro integrante dos Brics, a produção industrial retrocedeu 3,5% em março deste ano, ante março de 2011. A queda surpreendeu, uma vez que os economistas esperavam aumento de 1,5%.
Outra notícia que preocupou foi o anúncio do JPMorgan de que pode ter perdas de US$ 2 bilhões no segundo trimestre com transações com veículos sintéticos de crédito nas últimas seis semanas, o que espalhou medo entre os investidores de que isso possa ocorrer com outros bancos nos Estados Unidos.
O único dado positivo do dia, o sentimento do consumidor dos EUA, ajudou a tirar os mercados acionários do vermelho temporariamente, resultando, por outro lado, na queda do dólar. Mas esse quadro não se sustentou durante a tarde. O índice medido pela Reuters/Universidade de Michigan subiu para 77,8 na leitura preliminar de maio, de 76,4 na leitura final de abril e ante expectativas de 76,0.