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Mercado define Ptax em meio a noticiário e liquidez fracos

A disputa entre os players com base em interesses na formação da cotação já foi amplamente antecipada, mas tende a movimentar os negócios ainda esta manhã


	Dólar: a formação da última Ptax do ano, porém, é que será o destaque do mercado de câmbio doméstico nesta terça
 (Karen Bleier/AFP)

Dólar: a formação da última Ptax do ano, porém, é que será o destaque do mercado de câmbio doméstico nesta terça (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2014 às 10h12.

São Paulo - O dólar à vista no balcão abriu em queda de 0,07%, a R$ 2,702, acompanhando a falta de definição do mercado cambial internacional.

A formação da última Ptax do ano, porém, é que será o destaque do mercado de câmbio doméstico nesta terça-feira, 30. Na segunda-feira, 29, a taxa ficou em R$ 2,6783, acumulando alta de 14,33% no ano.

A disputa entre os players com base em interesses na formação da cotação já foi amplamente antecipada, mas tende a movimentar os negócios ainda esta manhã, apesar de haver pouca munição para ajudar nas operações.

Tanto devido à liquidez, que deve ser estreita, quanto ao noticiário, com poucos indicadores previstos.

Os destaques da agenda vêm dos Estados Unidos, onde devem ser anunciados o índice de confiança do consumidor do Conference Board de dezembro e o índice de preços de moradias da S&P/Case-Shiller referente ao mês de outubro.

Internamente, as atenções devem voltar-se para as medidas fiscais anunciadas ontem, mas dificilmente elas serão incluídas nos preços dos ativos.

Até porque, com boa parte dos agentes fora das negociações devido ao feriado do fim do ano, não é tempo de arriscar abertura de novas e significativas posições.

Ontem, pegando somente as transações da sessão estendida, os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante; Planejamento, Miriam Belchior; indicado para o Planejamento no segundo mandato, Nelson Barbosa; e do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, anunciaram mudanças que, segundo a conta do governo, gerarão economia de R$ 18 bilhões ao ano.

As alterações atingem a concessão de abono salarial, seguro-desemprego, seguro-desemprego do pescador artesanal, pensão por morte e auxílio-doença e, de acordo com um operador ouvido pelo Broadcast, dão "uma boa sinalização do ponto de vista fiscal".

Os investidores continuam aguardando também a definição dos detalhes do programa de intervenções cambiais diárias por meio de swaps cambiais.

Ainda assim, o anúncio tende a ter efeito diluído visto que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini já adiantou que a oferta deve ficar entre US$ 50 milhões e US$ 200 milhões ao dia a partir de janeiro.

Hoje não haverá leilão de rolagem, o que representa uma liquidação de 6.540 contratos (US$ 327 milhões) que vencerão normalmente no dia 2 de janeiro, próxima sexta-feira, 2 de janeiro de 2015.

No exterior, segue no radar a cautela com a situação política na Grécia. Na Espanha, foi anunciada a queda do índice de preços ao consumidor (CPI) de 1,1% em dezembro, na comparação com igual mês do ano passado.

O dado mostra aceleração da deflação. Ainda na Espanha, as vendas no varejo subiram 1,9% em dezembro na comparação com igual período de 2013, conforme dados com ajuste sazonal. No noticiário corporativo, destaque para o varejo do Reino Unido.

Nesta manhã, a rede de lojas de vestuário e artigos para o lar Next anunciou que as vendas cresceram 7,7% no acumulado de 2014 até o dia 24 de dezembro.

Apenas no último trimestre do ano, as vendas sinalizam alta de 2,9%, no topo das expectativas da companhia. Na Bolsa de Londres, o balanço é comemorado e as ações da varejista sobem 3,8%.

A preocupação fica por conta de um caso de ebola na Escócia. O paciente voltou contraiu o vírus em Serra Leoa e está sendo tratado em um hospital na cidade de Glasgow.

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