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Mercado de ações chinês pode estar em risco de colapso

Saída de investidores e a falta de confiança levou o país ao seu momento mais crítico, segundo diz o semanário do Partido Comunista China Economic Weekly, em seu site

Cada vez mais investidores estão fechando suas contas nas corretoras (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 20h33.

São Paulo - O mercado chinês está finalmente sofrendo os efeitos da crise financeira mundial e corre risco de desmoronar. De acordo com artigo publicado no jornal online chinês The Epoch Times online, cada vez mais pessoas estão fechando suas contas e retirando dinheiro das corretoras com a queda na confiança do investidor.

Segundo dados divulgados pelo fundo de investimentos China Securities Investor Protection Fund Limited, baseado em Pequim, as contas dos clientes nas corretoras tiveram um resgate de 90,3 bilhões de iuanes (14,1 bilhões de dólares) na primeira semana de julho e de 30,3 bilhões de iuanes (4,7 bilhões de dólares) na segunda. No mês anterior, a saída total foi de 19,7 bilhões de iuanes (30,8 bilhões de dólares).

A saída no mês de junho representou 1,6% do total da capitalização de mercado de 1,9 trilhão de dólares. Na passagem anual, o percentual chama ainda mais atenção e chega a 21% no ano, de acordo com o site da bolsa de Xangai (Shangai Stock Exchange – SSE).

Esses dados referem-se à flutuação de capital de entrada e saída de contas de investidores individuais e não incluem os papéis do tipo B, vendas a descoberto ou ações em contas de margem. O índice Xangai Composto acumula uma baixa de 3% em 2012 e de 20% em um ano. Só em junho, contudo, a queda chegou a 6,2%.

Destruído

O artigo cita ainda informações da publicação estatal (controlada pelo partido comunista chinês) China Economic Weekly, que classifica essa queda como um grande desastre para o mercado de ações e para a economia chinesa. O texto ainda afirma que se os investidores continuarem fechando suas contas, o mercado de ações estará completamente destruído.


“O mercado de ações chinês entrou em seu momento mais crítico. No momento, a confiança dos investidores é mais valiosa que ouro”, diz o texto.

Economia chinesa

A China já vem dando sinais de freada em seu crescimento econômico. No dia 13 de julho, o gigante asiático informou que o crescimento do PIB entre abril e junho desacelerou pelo sexto trimestre consecutivo, para o ritmo mais lento em mais de três anos.

A expansão em 7,6% na comparação com o mesmo período do ano passado ficou pouco acima da meta do governo de 7,5% para 2012. O número representa uma desaceleração de cinco décimos em relação à taxa ente janeiro e março (8,1%) e é a taxa mais baixa em três anos, desde o auge da crise financeira mundial.

De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a China terá um crescimento econômico de aproximadamente 8% em 2012, com uma aceleração durante o segundo semestre. A previsão é inferior à que o próprio Fundo havia fornecido em abril, que indicava um crescimento de 8,25%. Já para 2013, a previsão é de um crescimento de 8,5%, menor que os 8,8% calculados em abril.

Outro indicador da desaceleração são as exportações, que chegaram a 1,84 trilhão de dólares na primeira metade do ano, um crescimento de 8% em relação ao mesmo período de 2011 - mas abaixo dos 10% que o país estabeleceu para 2012.

A baixa inflação de junho (2,2%) também indica que tanto as exportações quanto o consumo interno se encontram em ritmo mais lento. Segundo o FMI , a inflação chinesa permanecerá entre 3% e 3,5% neste ano, e cairá a um nível de 2,5% a 3% em 2013.

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Segundo dados divulgados pelo fundo de investimentos China Securities Investor Protection Fund Limited, baseado em Pequim, as contas dos clientes nas corretoras tiveram um resgate de 90,3 bilhões de iuanes (14,1 bilhões de dólares) na primeira semana de julho e de 30,3 bilhões de iuanes (4,7 bilhões de dólares) na segunda. No mês anterior, a saída total foi de 19,7 bilhões de iuanes (30,8 bilhões de dólares).

A saída no mês de junho representou 1,6% do total da capitalização de mercado de 1,9 trilhão de dólares. Na passagem anual, o percentual chama ainda mais atenção e chega a 21% no ano, de acordo com o site da bolsa de Xangai (Shangai Stock Exchange – SSE).

Esses dados referem-se à flutuação de capital de entrada e saída de contas de investidores individuais e não incluem os papéis do tipo B, vendas a descoberto ou ações em contas de margem. O índice Xangai Composto acumula uma baixa de 3% em 2012 e de 20% em um ano. Só em junho, contudo, a queda chegou a 6,2%.

Destruído

O artigo cita ainda informações da publicação estatal (controlada pelo partido comunista chinês) China Economic Weekly, que classifica essa queda como um grande desastre para o mercado de ações e para a economia chinesa. O texto ainda afirma que se os investidores continuarem fechando suas contas, o mercado de ações estará completamente destruído.


“O mercado de ações chinês entrou em seu momento mais crítico. No momento, a confiança dos investidores é mais valiosa que ouro”, diz o texto.

Economia chinesa

A China já vem dando sinais de freada em seu crescimento econômico. No dia 13 de julho, o gigante asiático informou que o crescimento do PIB entre abril e junho desacelerou pelo sexto trimestre consecutivo, para o ritmo mais lento em mais de três anos.

A expansão em 7,6% na comparação com o mesmo período do ano passado ficou pouco acima da meta do governo de 7,5% para 2012. O número representa uma desaceleração de cinco décimos em relação à taxa ente janeiro e março (8,1%) e é a taxa mais baixa em três anos, desde o auge da crise financeira mundial.

De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a China terá um crescimento econômico de aproximadamente 8% em 2012, com uma aceleração durante o segundo semestre. A previsão é inferior à que o próprio Fundo havia fornecido em abril, que indicava um crescimento de 8,25%. Já para 2013, a previsão é de um crescimento de 8,5%, menor que os 8,8% calculados em abril.

Outro indicador da desaceleração são as exportações, que chegaram a 1,84 trilhão de dólares na primeira metade do ano, um crescimento de 8% em relação ao mesmo período de 2011 - mas abaixo dos 10% que o país estabeleceu para 2012.

A baixa inflação de junho (2,2%) também indica que tanto as exportações quanto o consumo interno se encontram em ritmo mais lento. Segundo o FMI , a inflação chinesa permanecerá entre 3% e 3,5% neste ano, e cairá a um nível de 2,5% a 3% em 2013.

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