Mercados

Medo de apagão pesa e Ibovespa cai 2,57%

Receios sobre o fornecimento de energia azedaram o mercado e fizeram o Ibovespa cair, em dia de volume fraco mesmo em dia de exercício de opções


	Bovespa: Ibovespa caiu 2,57%, a 47.758 pontos, ainda recuperando-se parcialmente das mínimas da sessão
 (Nacho Doce/Reuters)

Bovespa: Ibovespa caiu 2,57%, a 47.758 pontos, ainda recuperando-se parcialmente das mínimas da sessão (Nacho Doce/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2015 às 17h10.

São Paulo - Receios sobre o fornecimento de energia elétrica do país azedaram o mercado acionário brasileiro nesta segunda-feira, em dia de volume fraco mesmo em dia de exercício de opções.

O Ibovespa caiu 2,57 por cento, a 47.758 pontos, ainda recuperando-se parcialmente das mínimas da sessão, após ter flertado com novos pisos desde dezembro.

O giro financeiro somou 5,92 bilhões de reais, abaixo da média recente, mesmo como os 2,18 bilhões adicionais do vencimento dos contratos de opções sobre ações.

Para operadores, isso refletiu a ausência dos mercados dos Estados Unidos, fechados devido ao feriado de Martin Luther King Jr.

Já com tendência negativa desde a manhã, a Bovespa acelerou a queda após várias distribuidoras de energia do país receberem ordem do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para cortarem carga para preservar o fornecimento do sistema.

Imediatamente, as ações de distribuidoras de energia despencaram.

O Índice de Energia Elétrica caiu 4,61 por cento, com destaque para papéis de distribuidoras como CPFL , Light e Cemig, todas com quedas superiores a seis por cento.

O fato, num momento de crescentes temores quanto ao fornecimento de energia no país, dado aos recordes de baixa dos reservatórios das hidrelétricas, fez os investidores correrem de ações de companhias que fazem uso intensivo de eletricidade, como petroquímicas e siderúrgicas.

"É o medo de apagão", resumiu Luiz Roberto Monteiro, assessor de investimentos da Renascença DTVM.

Braskem desabou 7,7 por cento, a pior do índice no dia. A produtora de aço CSN perdeu 7,2 por cento.

Na outra ponta, quem nos últimos trimestres faturou vendendo excedentes de energia no mercado, teve melhor sorte. A Fibria fechou estável, enquanto a também produtora de celulose Suzano caiu apenas 0,2 por cento.

Mesmo antes do corte seletivo de energia acirrar os temores, o mercado já adotava um tom predominantemente negativo, após a China tomar medidas para reprimir produtos de crédito, que têm sido apontados como culpados por alimentar a especulação excessiva do mercado nos últimos meses.

Confira as principais baixas e altas do Ibovespa na sessão: BAIXAS Ação Código Variação Preço R$ BRASKEM PNA BRKM5.SA -7,74% 14,07 CPFL ON CPFE3.SA -7,3% 17,52 CSN ON CSNA3.SA -7,17% 4,79 LIGHT ON LIGT3.SA -6,59% 14,75 CEMIG PN CMIG4.SA -6,38% 11,60 TRACTEBEL ON TBLE3.SA -6,31% 31,46 BR MALLS ON BRML3.SA -6,16% 16,00 ALL ON ALLL3.SA -6,03% 4,05 COPEL PNB CPLE6.SA -5,99% 32,15 DURATEX ON DTEX3.SA -5,97% 7,25

Acompanhe tudo sobre:EnergiaEnergia elétricaIbovespaMercado financeiroONSServiços

Mais de Mercados

Por que a China não deveria estimular a economia, segundo Gavekal

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3

Raízen conversa com Petrobras sobre JV de etanol, diz Reuters; ação sobe 6%

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol