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Medida do Fed e queda do dólar elevam mercados de commodities

Commodities sobem após Fed; CRB tem máxima de 2 anos Máxima de 30 anos para prata e de dois anos para cobre Por John Parry e Nick Trevethan NOVA YORK/CINGAPURA, 4 de novembro (Reuters) - Os mercados de commodities avançaram para os maiores níveis em muitos anos nesta quinta-feira, estimulados pela queda do dólar após […]

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2010 às 15h19.

  • Commodities sobem após Fed; CRB tem máxima de 2 anos

  • Máxima de 30 anos para prata e de dois anos para cobre

    Por John Parry e Nick Trevethan

    NOVA YORK/CINGAPURA, 4 de novembro (Reuters) - Os mercados
    de commodities avançaram para os maiores níveis em muitos anos
    nesta quinta-feira, estimulados pela queda do dólar após a
    decisão do Federal Reserve de comprar 600 bilhões de dólares em
    títulos do governo norte-americano.

    O índice Reuters-Jefferies CRB , referência global
    para o mercado de commodities, superou a marca de 310 pontos e
    avançou para o maior nível desde outubro de 2008, antes da
    crise. As cotações do ouro, um clássico refúgio para
    investidores e uma proteção contra inflação, atingiu o maior
    nível desde meados de outubro enquanto o petróleo chegou ao
    pico de seis meses.

    Os ganhos das commodities são "principalmente resultado da
    medida anunciada pelo Fed ontem e claro que o dólar vai perder
    um pouco de terreno frente ao euro e ao iene", disse Peter
    Buchanan, economista sênior da CIBC World Markets em Toronto.

    Na quarta-feira, o Federal Reserve, o banco central
    norte-americano, anunciou uma nova medida para sustentar a
    economia dos EUA: a compra de cerca de 75 bilhões de dólares em
    títulos do governo por mês até o final de junho de 2011,
    podendo ajustar as aquisições dependendo do ritmo da
    recuperação.

    Para um PDF em inglês sobre a decisão do Fed:

       http://r.reuters.com/cyh73q
    

^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^>

"Há muita incerteza sobre se as ações vão funcionar", disse
Buchanan. "O ouro parece atrativo, assim como outras
commodities, em alguma medida. As pessoas estão procurando um
lugar para deixar seus ativos."

A antecipação no mercado sobre as medidas do Fed --cujo
objetivo é evitar a inflação e criar empregos ao diminuir
custos para empréstimos no longo prazo-- estimulou os preços
das commodities em 8,5 por cento em setembro e 4,5 por cento em
outubro, de acordo com o índice CRB.

As commodities cotadas em dólar geralmente avançam quando a
divisa norte-americana recua, porque se tornam mais baratas
para investidores que utilizam outras moedas.

O plano do Fed para a compra de títulos ajudou os mercados
acionários mundiais a atingirem máximas de dois anos.

"Após a reunião do Fed, uma tendência de fraqueza do dólar
vai continuar, portanto o petróleo pode ainda subir", disse Ken
Hasegawa, gerente de derivativos de commodities da corretora
Newedge no Japão.

Os futuros do petróleo mantinham-se em alta apesar de um
relatório mostrar que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego
nos EUA subiram mais que o previsto na última semana.

Os preços do ouro no mercado à vista superaram os
1.371 dólares a onça, maior nível desde 18 de outubro.

A cotação da prata atingiu o maior patamar em 30
anos, acima de 25 dólares a onça enquanto os preços do cobre
registraram máxima de dois anos. O contrato referencial
negociado na Bolsa de Metais de Londres atingiu 8.539,5 dólares
a tonelada.

Na bolsa de grãos de Chicago (CBOT), o contrato dezembro do
milho subiu para o maior patamar em 26 meses, a 5,93
dólares por bushel. E o preço da soja chegou ao recorde
de 16 meses a 12,56 dólares por bushel.

Os traders de commodities aguardam os indicadores sobre
postos de trabalho nos Estados Unidos, que serão divulgados
nesta sexta-feira.

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