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Marfrig nega mudança em pagamento de juros de debêntures

Recentemente, a empresa conseguiu captar US$ 390,1 milhões com a venda dos ativos da Keystone Foods e ainda segue no processo de desalavancagem para sua capitalização

Inicialmente, o mercado interpretou a notícia, que ganhou força na última sexta-feira, como um movimento ruim da companhia (Divulgação)

Inicialmente, o mercado interpretou a notícia, que ganhou força na última sexta-feira, como um movimento ruim da companhia (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2012 às 13h00.

São Paulo - O diretor executivo de Estratégia Corporativa e Relações com Investidores do Grupo Marfrig, Ricardo Florence, disse que "até o momento, não há alteração no cronograma de pagamentos dos cupons" das debêntures com vencimento em 2015. "A consulta feita com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) faz parte das diversas operações nossas, normais, de rolamento de dívidas", explicou o executivo à imprensa, nesta segunda-feira."Estamos provisionando o vencimento desses juros, está no nosso fluxo", ressaltou o presidente do Grupo, Marcos Antonio Molina dos Santos.

Os juros, com valor estimado entre R$ 250 milhões e R$ 270 milhões, são pagos anualmente nos meses de julho e referem-se à emissão de debêntures obrigatoriamente conversíveis, com vencimento em 2015, compradas pelo banco de fomento. Na ocasião, o recurso teve por objetivo financiar a compra da norte-americana Keystone Foods.

Inicialmente, o mercado interpretou a notícia, que ganhou força na última sexta-feira, como um movimento ruim da companhia, que tem alta alavancagem. No decorrer do pregão, no entanto, informaram analistas, o mercado começou a reconhecer a negociação como uma das alternativas que a Marfrig estaria buscando para melhorar sua estrutura de capital.

Recentemente, a empresa conseguiu captar US$ 390,1 milhões com a venda dos ativos de logística da Keystone Foods e ainda segue no processo de desalavancagem para sua capitalização. Nesta segunda-feira, suas ações ordinárias (MRFG3) subiam 1,81%, a R$ 9,55 no pregão de hoje da BM&FBovespa.

Florence ainda comentou que um câmbio entre R$ 1,85 e R$ 2 é "salutar" para empresas exportadoras, o que minimiza o efeito negativo em dívidas. Segundo ele, a Marfrig possui cerca de 70% de sua receita oriunda de outras moedas ante uma exposição de 75% da dívida em moeda estrangeira. "É uma correspondência boa", disse.

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