São Paulo – Em uma semana caracterizada pela volatilidade, o Ibovespa oscila entre os terrenos positivo e negativo nesta quinta-feira (26), aos 63.500 pontos. Hoje o desempenho dos mercados é impactado por dados divulgados nos Estados Unidos, que mostraram que o Produto Interno Bruto da maior economia do mundo cresceu 1,8% no primeiro trimestre, abaixo da expansão de 2,2% apontada numa pesquisa da Bloomberg com 82 instituições.

No entanto, as principais bolsas de valores dos Estados Unidos ampliavam os ganhos nesta tarde, com o índice Dow Jones virando e o Nasdaq em alta. Por aqui, a taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil caiu de 6,5% em março para 6,4% em abril. É o menor patamar para o mês da série histórica do IBGE iniciada em março de 2002.

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HRT

As ações da HRT (HRTP3) sobem forte neste pregão. Na máxima do dia, os papéis chegaram a valorizar 10%, vendidos a 1.534 reais.

A HRT O&G, subsidiária da HRT e parceira da Petra na exploração dos blocos da Bacia do Solimões, enviou uma notificação à Petra, exigindo que ela venda sua participação na Bacia para a TNK-BP. O valor da operação seria de 1,288 bilhão de reais. A quantia foi estabelecida na época do IPO (oferta pública inicial de ações) da HRT.

A HRT tem participação de 55% no bloco, os 45% restantes são a participação da Petra. Pelo acordo estabelecido entre a HRT e a Petra em 2010, a HRT O&G tinha as opções de negociar a participação de 45% dos direitos exploratórios sobre os Blocos do Solimões detida pela Petra ou adquirir a participação da Petra.

OGX

Os papéis da OGX (OGXP3) também ganham o terreno da valorização após a empresa de petróleo de Eike Batista ter oficializado sua captação externa de 2 bilhões de dólares. Na cotação máxima do dia, as ações ordinárias subiam 3,1%, valendo 15,47 reais. Em 2011, os papéis ainda amargam forte queda de 24%. A operação anunciada tem de vencimento em sete anos, com juros de 8,5% ao ano e ainda conta com a opção de resgate antecipado pela empresa no quarto ano.

Henrique Ribas, analista da corretora Planner avalia com otimismo a operação. “Apesar dos juros serem 1 ponto percentual acima da proposta anterior, continuamos avaliando como positiva a operação para OGX, devido ao impacto na estrutura de capital, nível de capitalização e suporte ao crescimento da companhia”, conclui o analista.

Americanas e B2W

A Americanas.com, empresa controlada pela B2W (BTOW3), está proibida, até segunda ordem, de realizar vendas no estado do Rio de Janeiro, segundo informações publicadas pelo jornal O Globo, nesta quinta-feira (26).

De acordo com a publicação, a empresa só poderá voltar a operar na região quando regularizar as entregas em atrasos. Existem cerca de 30 mil reclamações contra a varejista no estado.

A notícia penaliza os papéis da Lojas Americanas, que chegaram a cair 1,1%, vendidos a 14,87 reais. As ações da B2W caíam 1,3%, na mínima do dia, sendo vendidas a 22,60 reais.

Iochpe-Maxion

A fabricante de peças para os setores automotivo e ferroviário Iochpe-Maxion (MYPK3) também oferece ganhos. As ações ordinárias chegaram a valorizar 2,2%, ao preço de 22,90 reais.

A empresa anunciou ontem a aprovação da recompra de até 320 mil ações ordinárias em até um ano, segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Segundo o documento, o montante representa 0,50% das 63,02 milhões de ações ordinárias da empresa que estão em circulação no mercado.

A Iochpe-Maxion pagará pelas ações o valor de mercado. A aquisição dos papéis será intermediada pela corretora Geração Futuro.

Amil

A quinta-feira também repercute a compra de 100% do capital da Lincx Sistemas de Saúde pela Amil (AMIL3). O valor do negócio foi fechado por 170 milhões de reais, que será pago em quatro parcelas. A notícia agradou os investidores e a alta dos papéis chegou a 2,2% neste pregão, ao preço de 20,25 reais.

A Lincx atua no segmento de alta renda e possui 36 mil clientes, sendo 30 mil em plano de saúde e 6 mil em plano odontológico. A companhia possui um caixa de aproximadamente 20 milhões de reais, que fará parte dos ativos adquiridos pela Amil.

Para os analistas Santander, Daniel Gewehr e Bruno Giardino, a Amil está estrategicamente posicionada para captar ganhos com as classes de A a D. O banco tem recomendação de compra às ações ordinárias da companhia, com um preço-alvo de 23,50 reais para dezembro de 2011, um potencial de valorização de 18,6%.