Light: A medida foi ajuizada em segredo de justiça e caráter de urgência (Light/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 11 de abril de 2023 às 09h50.
Última atualização em 11 de abril de 2023 às 18h53.
A companhia de energia elétrica Light ajuizou uma ação de tutela cautelar nesta terça-feira, 11, diante de sua crise de liquidez. Além da holding, a medida se estende às subsidiárias Light SESA e a Light Energia, de geração e distribuição, por meio da qual formularam pedidos liminares para a suspensão temporária na cobrança de algumas obrigações financeiras.
Em fato relevante, a empresa diz que a medida é a mais adequada neste momento "para permitir e viabilizar a readequação e/ou equalização das obrigações abrangidas pela Medida Cautelar, inclusive por meio de negociações coletivas em ambiente específico e apropriado para tanto, e a implementação de melhorias na estrutura de capital das Companhias". A medida foi ajuizada em segredo de justiça e caráter de urgência.
A Light também pede a inclusão de requerimento de instauração de procedimento de mediação coletiva com os credores citados na ação cautelar para tentar avançar na implementação de melhorias na sua estrutura de capital.
A companhia de energia elétrica Light, que presta serviço de distribuição e geração de energia para cerca de 30 municípios do Rio de Janeiro, vive um momento dramático. Quase um apagão. Na noite desta quarta-feira, 5, a empresa anunciou a renúncia de Octavio Pereira Lopes do comando de suas subsidiárias, a Light SESA e a Light Energia.
Ele seguirá, no entanto, como CEO da Light SA e vai presidir o conselho das duas subsidiárias, enquanto Wilson Martins Poit segue como presidente do conselho da holding. A companhia teve um prejuízo de R$ 5,7 bilhões em 2022, com a expectativa de um risco de calote só aumentando.