A Prosus estava em negociações para aumentar sua fatia no iFood desde 2020 (iFood/Divulgação)
Bloomberg
Publicado em 19 de agosto de 2022 às 09h32.
A Just Eat Takeaway.com fechou um acordo para vender sua participação de 33% na joint venture latino-americana iFood para a Prosus por até 1,8 bilhão de euros (US$ 1,8 bilhão).
O acordo cumpre uma promessa feita a investidores e vai reforçar o balanço da Just Eat, embora a um preço abaixo de uma oferta anterior pelas ações. A empresa havia dito no ano passado que uma oferta de 2,3 bilhões de euros por sua fatia no iFood era inadequada.
As ações da Just Eat chegaram a subir 29% em Londres nesta sexta-feira, para 1.808 pence cada. Os papéis acumulavam baixa de 66% este ano até o fechamento na quinta-feira.
“Um ano depois, e aceitou uma redução significativa”, escreveu o analista da Jefferies, Giles Thorne, em relatório. “Embora provavelmente preferisse manter a participação, os benefícios de ‘finanças corporativas’ da venda eram obviamente grandes demais para serem ignorados.”
Lockdowns da pandemia impulsionaram pedidos para empresas de entrega de comida, mas agora o setor enfrenta uma desaceleração do crescimento em meio ao alívio das restrições. Essas empresas têm sido desafiadas pela aceleração da inflação que impacta consumidores e pelo menor apetite de investidores por companhias de tecnologia no prejuízo.
A Prosus estava em negociações para aumentar sua fatia no iFood desde 2020, reportou a Bloomberg News na época. Com a transação anunciada nesta sexta-feira, assumirá o controle total da empresa de delivery brasileira.
A Prosus pagará 1,5 bilhão de euros em dinheiro quando o negócio for fechado e até 300 milhões de euros adicionais serão desembolsados nos próximos 12 meses, dependendo do desempenho da empresa, disse a Just Eat em comunicado nesta sexta-feira. A expectativa é que o acordo seja concluído no quarto trimestre.
A Just Eat disse que usará os recursos para fortalecer seu balanço patrimonial e pagar dívidas e que também busca uma venda parcial ou total de sua controlada Grubhub. O grupo de Amsterdã busca maneiras de enfrentar a desaceleração dos pedidos que atinge o setor de entregas este ano.