Juros terminam em alta, influenciados pelo dólar
O DI com vencimento em janeiro de 2015 (231.325 contratos) estava em 11,33%, de 11,31% no ajuste de ontem
Da Redação
Publicado em 11 de fevereiro de 2014 às 16h12.
São Paulo - O comportamento do dólar ante o real influenciou os juros ao longo de todo o dia. Não por acaso, as taxas subiram com mais intensidade na primeira metade dos negócios e desaceleraram a alta no período vespertino, encerrando com avanço, mas bem distantes das máximas.
Depois de oscilar entre quedas e altas, quando chegou a se aproximar de R$ 2,42 em meio às palavras da nova presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, o dólar foi se acomodando ao longo da tarde no Brasil, tentando se alinhar ao comportamento visto no exterior.
Na reta final, prevaleceu o sinal de baixa, com a moeda mostrando desvalorização de 0,17% no mercado à vista de balcão, cotado a R$ 2,4030.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em abril de 2014 (119.065 contratos) tinha taxa de 10,572%, ante 10,559% no ajuste anterior.
O DI com vencimento em janeiro de 2015 (231.325 contratos) estava em 11,33%, de 11,31% no ajuste de ontem. No trecho longo da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (176.970 contratos) marcava 12,77%, de 12,68% na véspera. o DI para janeiro de 2021 (8.070 contratos) indicava 13,25%, de 13,17% no ajuste anterior.
Nas palavras da presidente do Fed, o BC dos EUA deve cortar as compras de bônus em passos comedidos se os dados vierem como esperado. No discurso à Câmara, disse ainda que "ultrapassar o gatilho de desemprego de 6,5% não significa aumento automático dos juros" e que "a taxa de juros ficará perto de zero até bem depois de o desemprego cair abaixo de 6,5%".
"A acomodação continuará por um tempo considerável após fim das compras de bônus", concluiu.
Na medida em que o mercado ia tomando conhecimento do discurso de Yellen, o presidente do Federal Reserve da Filadélfia, Charles Plosser, chegou a trazer alguma volatilidade para os ativos, ainda que de forma pontual.
Ele, que tem poder de voto nas decisões do Fed este ano, avaliou que, "com a economia inundada de reservas, os custos disso podem ser consideravelmente mais altos que o usual, fomentando inflação mais alta e até mesmo instabilidade financeira". "Continuar as compras de ativos não é útil nem essencial", frisou.
Um profissional destacou que a desaceleração do dólar impediu que as taxas se mantivessem em níveis mais altos. Mesmo porque, observou, a inflação segue um pouco abaixo do que se antecipava.
A primeira prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de fevereiro mostrou alta de 0,22%, ante avanço de 0,37% em igual leitura de janeiro e bem abaixo da mediana das estimativas, de 0,35%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), por sua vez, subiu 0,86% - pouco menos que a mediana de 0,89%.
São Paulo - O comportamento do dólar ante o real influenciou os juros ao longo de todo o dia. Não por acaso, as taxas subiram com mais intensidade na primeira metade dos negócios e desaceleraram a alta no período vespertino, encerrando com avanço, mas bem distantes das máximas.
Depois de oscilar entre quedas e altas, quando chegou a se aproximar de R$ 2,42 em meio às palavras da nova presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, o dólar foi se acomodando ao longo da tarde no Brasil, tentando se alinhar ao comportamento visto no exterior.
Na reta final, prevaleceu o sinal de baixa, com a moeda mostrando desvalorização de 0,17% no mercado à vista de balcão, cotado a R$ 2,4030.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em abril de 2014 (119.065 contratos) tinha taxa de 10,572%, ante 10,559% no ajuste anterior.
O DI com vencimento em janeiro de 2015 (231.325 contratos) estava em 11,33%, de 11,31% no ajuste de ontem. No trecho longo da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (176.970 contratos) marcava 12,77%, de 12,68% na véspera. o DI para janeiro de 2021 (8.070 contratos) indicava 13,25%, de 13,17% no ajuste anterior.
Nas palavras da presidente do Fed, o BC dos EUA deve cortar as compras de bônus em passos comedidos se os dados vierem como esperado. No discurso à Câmara, disse ainda que "ultrapassar o gatilho de desemprego de 6,5% não significa aumento automático dos juros" e que "a taxa de juros ficará perto de zero até bem depois de o desemprego cair abaixo de 6,5%".
"A acomodação continuará por um tempo considerável após fim das compras de bônus", concluiu.
Na medida em que o mercado ia tomando conhecimento do discurso de Yellen, o presidente do Federal Reserve da Filadélfia, Charles Plosser, chegou a trazer alguma volatilidade para os ativos, ainda que de forma pontual.
Ele, que tem poder de voto nas decisões do Fed este ano, avaliou que, "com a economia inundada de reservas, os custos disso podem ser consideravelmente mais altos que o usual, fomentando inflação mais alta e até mesmo instabilidade financeira". "Continuar as compras de ativos não é útil nem essencial", frisou.
Um profissional destacou que a desaceleração do dólar impediu que as taxas se mantivessem em níveis mais altos. Mesmo porque, observou, a inflação segue um pouco abaixo do que se antecipava.
A primeira prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de fevereiro mostrou alta de 0,22%, ante avanço de 0,37% em igual leitura de janeiro e bem abaixo da mediana das estimativas, de 0,35%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), por sua vez, subiu 0,86% - pouco menos que a mediana de 0,89%.