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Juros têm leve baixa com melhora externa e IGP-M

São Paulo - O mercado de juros futuros operou com liquidez reduzida neste último dia de negócios de 2011 e as taxas exibiram leve viés de baixa, dando prosseguimento à queda da véspera. Segundo o economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, o mercado havia incorporado prêmios após o relatório de inflação do quarto trimestre do […]

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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2011 às 16h38.

São Paulo - O mercado de juros futuros operou com liquidez reduzida neste último dia de negócios de 2011 e as taxas exibiram leve viés de baixa, dando prosseguimento à queda da véspera. Segundo o economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, o mercado havia incorporado prêmios após o relatório de inflação do quarto trimestre do ano divulgado quinta-feira passada prever crescimento menor do País, de 3% este ano, e também das ordens de stop com a dinâmica bem adversa dos mercados internacionais. Ontem, com a retomada de forte aversão ao risco nos mercados em meio à desconfiança sobre o leilão de títulos italiano hoje e a cautela dos bancos europeus em emprestar recursos para outras instituições, as bolsas sofreram perdas e o dólar subiu, enquanto os juros futuros recuaram.

Hoje, o dia começou ruim lá fora com o modesto leilão de títulos italiano, mas depois houve recuperação das Bolsas internacionais, após os indicadores divulgados nos EUA mostrarem sinais positivos sobre a economia norte-americana. Contudo, o cenário não foi suficiente para reverter a baixa dos juros futuros, que esteve vinculada ainda à deflação de -0,12% do IGP-M de dezembro, mais forte que a esperada, afirmou Carlos Fernando Vieira, gerente de renda fixa Lerosa Investimentos.

No final da sessão regular, o contrato de DI com vencimento em janeiro de 2013 exibia taxa de 10,04%, ligeiramente abaixo do ajuste de ontem, a 10,06%, com 88.715 contratos negociados. O DI de janeiro de 2014 (108.850 contratos) apontava taxa de 10,48%, de 10,50% no ajuste da véspera. Entre os mais longos, o vencimento para janeiro de 2017 tinha taxa de 10,98%, de 10,99%, e 10.200 contratos negociados; e o de janeiro de 2021 estava em 11,17%, de 11,16% no ajuste anterior.

Mais cedo, a FGV informou que o IGP-M em dezembro registrou deflação de 0,12% neste mês, ante alta de 0,50% em novembro, puxado pela forte queda dos preços no atacado. No âmbito do indicador, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) caiu 0,48%, de +0,52%, na mesma base de comparação. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M), por sua vez, acelerou a alta para 0,71% em dezembro, de +0,43% no mês passado; enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) perdeu força e subiu 0,35%, de +0,50%, no período.

A taxa mensal ficou dentro das estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções, que esperavam um resultado entre -0,15% e +0,05%, com mediana de -0,05%. No acumulado do ano, o IGP-M registrou alta de 5,10%, também situando dentro do intervalo previsto (+5,05% a +5,26%) e abaixo da mediana projetada, de 5,16%.

Na primeira parte dos negócios, o Banco Central tomou R$ 6,5 bilhões em títulos na operação compromissada semanal, com taxa de 10,23%, integral.

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