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Juros têm leve baixa com IPCA melhor do que o esperado

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26% em junho, após ter registrado alta de 0,37% em maio, informou o IBGE


	Às 9h43, o DI para janeiro de 2014 estava na máxima, a 8,85%, de 8,87% no ajuste de ontem, enquanto o DI para janeiro de 2015 batia 9,72%, também na máxima, de 9,75% na véspera
 (Gustavo Kahil/EXAME.com)

Às 9h43, o DI para janeiro de 2014 estava na máxima, a 8,85%, de 8,87% no ajuste de ontem, enquanto o DI para janeiro de 2015 batia 9,72%, também na máxima, de 9,75% na véspera (Gustavo Kahil/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2013 às 12h07.

São Paulo - Após abrir em forte baixa nesta sexta-feira, 05, com os dados de inflação mostrando um avanço menor do que o esperado no mês de junho, os juros futuros desaceleraram a queda e voltaram para patamar próximo da estabilidade com a divulgação de que a criação de vagas nos Estados Unidos superou as estimativas.

Ambos os dados eram amplamente aguardados por darem sinalizações importantes para os próximos passos dos bancos centrais tanto aqui quanto nos EUA. A agenda carregada de indicadores, que teve ainda o IGP-DI de junho, trouxe de volta o investidor ao jogo depois de quase duas semanas de baixa liquidez.

Às 9h43, o DI para janeiro de 2014 estava na máxima, a 8,85%, de 8,87% no ajuste de ontem, enquanto o DI para janeiro de 2015 batia 9,72%, também na máxima, de 9,75% na véspera.

Na parcela mais longa, o DI para janeiro de 2017 era negociado a 11,10%, de 11,04% ontem, influenciado pelo treasury de 10 anos, que tinha yield de 2,667%, alta de 0,162 ponto porcentual.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26% em junho, após ter registrado alta de 0,37% em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou abaixo do piso do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam taxas entre 0,29% e 0,38% (mediana de 0,33%). No acumulado dos últimos 12 meses, no entanto, o indicador voltou a romper o teto da banda de tolerância estipulada pelo governo, para 6,70%.


Já a economia dos EUA criou 195 mil empregos em junho, segundo o Departamento do Trabalho, superando a previsão de economistas consultados pela Dow Jones, que esperavam 160 mil novos postos de trabalho.

Além disso, o número de criação de vagas em maio foi revisado para cima, a 195 mil, de 175 mil na leitura original. A taxa de desemprego nos EUA ficou estável em 7,6% em junho, ante expectativa de uma taxa de 7,5%.

Mais cedo, o IGP-DI de junho mostrou um número mais elevado do que o previsto, já sob influência do repasse cambial. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que a inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) ficou em +0,76% em junho ante +0,32% em maio.

Os preços dos produtos agrícolas atacadistas subiram 1,46% no mês passado, após recuo de 0,75% em maio. A inflação industrial atacadista acelerou para 0,62% em junho, em comparação com a alta de 0,30% em maio.

Para completar, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que o governo fará um novo corte no Orçamento deste ano, abaixo de R$ 15 bilhões, para garantir o cumprimento da meta do superávit primário de R$ 110,9 bilhões, ou 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB), mas que continuará acompanhando o fiscal ao longo do ano para verificar a necessidade de novos cortes.

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