Mercados

Juros sobem com EUA e rumores de avanço de Dilma

Expectativas em torno da elevação das taxas de juros nos EUA antes do esperado influenciaram comportamento do dólar e das taxas de juros no Brasil e nos EUA


	Bovespa: no fim da sessão regular, DI para janeiro de 2015 fechou com taxa de 10,85%
 (Getty Images)

Bovespa: no fim da sessão regular, DI para janeiro de 2015 fechou com taxa de 10,85% (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 17h29.

São Paulo - As taxas de juros futuras fecharam em alta nesta quarta-feira, 10, refletindo especulações eleitorais e expectativas de que uma elevação dos juros nos EUA poderá vir antes do esperado.

No fim da sessão regular da BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2015 (200.605 contratos) fechou com taxa de 10,85%, ante 10,84% ontem; o DI para janeiro de 2016 (328.755 contratos) terminou com taxa de 11,49%, na mínima, igual ao ajuste da véspera; o DI para janeiro de 2017 (365.095 contratos) acabou a sessão com taxa de 11,60%, de 11,42% no ajuste anterior; e a taxa DI para janeiro de 2021 (286.045 contratos) foi de 11,43%, ante 11,39% no ajuste na véspera.

Segundo operadores do mercado, as taxas de juros foram impulsionadas por rumores de que a pesquisa Datafolha, que será anunciada na noite de hoje pelo Jornal Nacional, mostrará a presidente Dilma Rousseff (PT) à frente da candidata do PSB, Marina Silva (PSB), nas intenções de voto para o segundo turno.

Nos levantamentos anteriores, as duas candidatas apareciam empatadas tecnicamente.

A pesquisa Vox Populi, divulgada pela manhã, mostrou vantagem de Dilma em relação a Marina na simulação de primeiro turno e empate técnico entre as duas no segundo turno.

O levantamento regional do Ibope, divulgado ontem à noite, indicou que Marina oscilou em baixa nas intenções de voto no estado de São Paulo, maior colégio eleitoral do país, passando de 39% na pesquisa anterior para 38% agora, enquanto Dilma oscilou em alta, de 23% para 25%.

As expectativas em torno da elevação das taxas de juros nos EUA antes do esperado também influenciaram o comportamento do dólar e das taxas de juros no Brasil e nos EUA.

A percepção de que o Federal Reserve poderá anunciar um aumento antecipado dos juros ganhou força após um estudo do Federal Reserve de San Francisco publicado na segunda-feira sugerir que os investidores podem estar confortáveis demais com a perspectiva de que o banco central norte-americano manterá os juros nas mínimas históricas durante o futuro próximo.

Em Wall Street, o juro da T-note de 2 anos estava em 0,564%, de 0,560% na véspera; o rendimento da T-Note de dez anos era de 2,534%, ante 2,495% no final da tarde de ontem.

O juro do T-bond de 30 anos estava em 3,267%, de 3,228% ontem.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasservicos-financeirosB3bolsas-de-valoresJurosTaxas

Mais de Mercados

Ibovespa hoje: acompanhe o movimento da bolsa e dólar nesta segunda-feira, 15

'Não se vende ações da Apple', diz lenda da NFL, investidor da empresa há 10 anos

Nova fábrica da Ambev no PR produzirá 600 milhões de garrafas por ano

'Ano monstruoso': Tesla pode valer US$ 2 trilhões em 2026, diz analista