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Juros sobem com dólar, Treasuries e de olho nos EUA

O movimento foi conduzido pela valorização do dólar em relação ao real e pelo avanço da remuneração dos Treasuries

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (123.270 contratos) marcava 9,379% (BM&FBovespa/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2013 às 17h08.

São Paulo - As taxas futuras de juros subiram nesta terça-feira, 01, reforçando a percepção de que o Banco Central (BC) elevará a Selic em, pelo menos, mais 0,50 ponto porcentual em cada uma das duas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).

O movimento foi conduzido pela valorização do dólar em relação ao real e pelo avanço da remuneração dos Treasuries, títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos.

Além disso, os investidores seguiram repercutindo as palavras do diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton, após a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação. Na véspera, ele afirmou que ainda há bastante trabalho de política monetária a ser feito no combate à inflação. Os agentes também acompanharam de perto a questão fiscal nos EUA.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (123.270 contratos) marcava 9,379%, de 9,36% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (296.665 contratos) indicava taxa de 10,31%, ante 10,24% na segunda-feira. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (123.405 contratos) apontava 11,48%, de 11,42% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (apenas 1.965 contratos) estava em 11,86%, ante 11,83% no ajuste anterior.

Segundo um operador, depois do Relatório de Inflação, os juros retomaram a dinâmica recente, de acompanhar o sinal do dólar e das taxas dos Treasuries. Um outro profissional destacou ainda que as palavras de Hamilton continuaram reverberando. Isso porque, caso seja consenso do BC que ainda há muito trabalho a fazer na política monetária, o ciclo de aperto tende a ser mais longo, o que pode mudar as expectativas para 2014.

Em meio a isso, os investidores seguem acompanhando os dados de inflação e atividade. Mais cedo, a Fundação Getulio Vargas informou a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) em setembro, que ficou em 0,30%. O resultado representa aceleração ante a taxa de 0,20% de agosto. Porém, ficou abaixo da mediana das estimativas do mercado financeiro colhidas pelo AE Projeções, de 0,32%.

Os investidores também acompanharam o imbróglio fiscal norte-americano. Na reta final do pregão, as taxas longas passaram a renovar máximas. Segundo um operador, tal movimento ficou atrelado ao comportamento dos prêmios dos Treasuries. A fonte lembrou que, mais do que a paralisação do governo, que deve ter impacto sobre a economia e, portanto, adiar a redução dos estímulos pelo Fed, a questão do teto da dívida norte-americana preocupa.

O Congresso tem até o dia 17 para aprovar um novo limite e, assim, evitar um possível calote dos EUA. O temor é o de que, em meio ao impasse sobre o orçamento, a questão da dívida também atrase. O juro do T-note de 10 anos subia a 2,6440% às 16 horas (horário de Brasília), de 2,613% no fim da tarde de segunda-feira. O dólar à vista no balcão terminou com alta de 0,32%, a R$ 2,223.

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O movimento foi conduzido pela valorização do dólar em relação ao real e pelo avanço da remuneração dos Treasuries, títulos da dívida do Tesouro dos Estados Unidos.

Além disso, os investidores seguiram repercutindo as palavras do diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton, após a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação. Na véspera, ele afirmou que ainda há bastante trabalho de política monetária a ser feito no combate à inflação. Os agentes também acompanharam de perto a questão fiscal nos EUA.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (123.270 contratos) marcava 9,379%, de 9,36% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2015 (296.665 contratos) indicava taxa de 10,31%, ante 10,24% na segunda-feira. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (123.405 contratos) apontava 11,48%, de 11,42% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (apenas 1.965 contratos) estava em 11,86%, ante 11,83% no ajuste anterior.

Segundo um operador, depois do Relatório de Inflação, os juros retomaram a dinâmica recente, de acompanhar o sinal do dólar e das taxas dos Treasuries. Um outro profissional destacou ainda que as palavras de Hamilton continuaram reverberando. Isso porque, caso seja consenso do BC que ainda há muito trabalho a fazer na política monetária, o ciclo de aperto tende a ser mais longo, o que pode mudar as expectativas para 2014.

Em meio a isso, os investidores seguem acompanhando os dados de inflação e atividade. Mais cedo, a Fundação Getulio Vargas informou a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) em setembro, que ficou em 0,30%. O resultado representa aceleração ante a taxa de 0,20% de agosto. Porém, ficou abaixo da mediana das estimativas do mercado financeiro colhidas pelo AE Projeções, de 0,32%.

Os investidores também acompanharam o imbróglio fiscal norte-americano. Na reta final do pregão, as taxas longas passaram a renovar máximas. Segundo um operador, tal movimento ficou atrelado ao comportamento dos prêmios dos Treasuries. A fonte lembrou que, mais do que a paralisação do governo, que deve ter impacto sobre a economia e, portanto, adiar a redução dos estímulos pelo Fed, a questão do teto da dívida norte-americana preocupa.

O Congresso tem até o dia 17 para aprovar um novo limite e, assim, evitar um possível calote dos EUA. O temor é o de que, em meio ao impasse sobre o orçamento, a questão da dívida também atrase. O juro do T-note de 10 anos subia a 2,6440% às 16 horas (horário de Brasília), de 2,613% no fim da tarde de segunda-feira. O dólar à vista no balcão terminou com alta de 0,32%, a R$ 2,223.

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