Mercados

Juros recuam à espera do Copom

O contrato para julho de 2014 (173.910 contratos) terminou a sessão regular em 10,843%, de 10,848% no ajuste de ontem


	Bovespa: recuo do dólar influenciou movimento das taxas, principalmente à tarde
 (Getty Images)

Bovespa: recuo do dólar influenciou movimento das taxas, principalmente à tarde (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2014 às 17h04.

São Paulo - Apesar da aposta praticamente unânime de que o Copom vai manter inalterada a taxa básica de juros em 11% no encontro da noite desta quarta-feira, 28, a curva a termo de juros teve uma sessão de baixa, tanto nos vértices mais curtos quanto nos mais longos.

O recuo do T-notes de 10 anos influenciou o movimento nos prazos longos, enquanto, nos curtos, os dados que mostraram recuo da confiança da indústria, dos serviços e também da inflação puxaram os vencimentos.

O recuo do dólar influenciou o movimento das taxas, principalmente à tarde.

O contrato para julho de 2014 (173.910 contratos) terminou a sessão regular em 10,843%, de 10,848% no ajuste de ontem, o outubro 2014 marcou 10,86%, na mínima, de 10,869% ontem.

O juro para janeiro de 2015 (134.440 contratos) encerrou em 10,89%, de 10,91% no ajuste de ontem.

A taxa para janeiro de 2017 (235.545 contratos) ficou na mínima de 11,78%, de 11,89% ontem, e o juro do janeiro de 2021 (69.185 contratos) registrou 12,22%, também mínima, de 12,30% na véspera.

Pela manhã, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou dois indicadores.

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 5,7% na passagem de abril para maio, na série com ajuste sazonal. Foi o recuo mais intenso desde dezembro de 2008, quando o ICS diminuiu 13,8%.

Com tal resultado, o indicador saiu de 113,3 para 106,8 pontos no período, o menor nível desde abril de 2009.

E o Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 5,1% em maio ante abril, passando de 95,6 para 90,7 pontos.

Foi a maior variação negativa na margem desde dezembro de 2008 e aprofunda o distanciamento do índice em relação à média histórica, de 105,5 pontos.

No geral, todos os cinco índices de confiança calculados mensalmente pela FGV tiveram queda na passagem de abril para maio.

Além de serviços e indústria, divulgados hoje, também recuaram comércio (-2,5%), construção (-0,9%) e entre os consumidores (-3,3%).

Depois da FGV, foi o IBGE que trouxe queda do Índice de Preços ao Produtor (IPP) em abril, de 0,38% ante março, após ter recuado 0,21% em março (dado revisado).

Contribuiu também para o ajuste em baixa das taxas o monitor de inflação da FGV, onde a coleta diária do IPCA, no critério ponta, mostrou desaceleração, com a alta passando de 0,42% na segunda-feira (dia 26) para +0,39% ontem.

No período, o grupo Alimentação e Bebidas também perdeu força, desacelerando de +0,31% para +0,06%.

No mercado norte-americano, o T-note de 10 anos marcava 2,437% no final da tarde - menor nível em quase um ano. A queda das taxas foi influenciada por movimentos nos bônus soberanos da Europa.

Dados fracos sobre o mercado de trabalho da Alemanha derrubaram o yield dos bunds de 10 anos, levando o investidor a transferir seu capital para os títulos norte-americanos. O dólar em queda no Brasil também ajudou a afetar as taxas.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasJurosservicos-financeirosTaxas

Mais de Mercados

Realização de lucros? Buffett vende R$ 8 bilhões em ações do Bank of America

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Mais na Exame