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Juros longos caem sob influência do exterior

No fim da sessão regular, a taxa do DI para janeiro de 2015 (191.120 contratos) estava em 10,82%, de 10,81% no ajuste de sexta-feira


	Bovespa: nos contratos mais curtos, as taxas futuras subiram um pouco
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: nos contratos mais curtos, as taxas futuras subiram um pouco (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2014 às 17h17.

São Paulo - O resgate do português Banco Espírito Santo (BES), anunciado no fim de semana, contribuiu para o ambiente mais ameno visto no exterior, o que também se refletiu nos negócios no Brasil.

Como a agenda doméstica era reduzida, os investidores em juros aproveitaram a calmaria para reduzir prêmios nos contratos com prazos mais longos, realizando um pouco dos ganhos verificados na semana passada.

Entre os contratos mais curtos, no entanto, as taxas futuras subiram um pouco, em meio à desconfiança com a economia brasileira.

Ao mesmo tempo, houve certo movimento técnico, com alguns players vendendo taxa na ponta longa e comprando na curta.

No fim da sessão regular, a taxa do DI para janeiro de 2015 (191.120 contratos) estava em 10,82%, de 10,81% no ajuste de sexta-feira, enquanto o DI para janeiro de 2016 (131.045 contratos) projetava 11,31%, de 11,27% no ajuste anterior.

Entre os prazos mais longos, o para janeiro de 2017 (269.055 contratos) tinha taxa de 11,59%, de 11,63% após ajuste ao final da semana passada, e o DI para janeiro de 2021 (42.475 contratos) estava em 11,87%, na mínima, de 11,97%.

Pela manhã, o único dado de inflação divulgado foi o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) das capitais, que mostrou desaceleração em três das sete cidades pesquisadas em julho.

Na sexta-feira, 01, a Fundação Getulio Vargas (FGV) já havia divulgado o índice geral para o mês, que foi de +0,10%.

Já o Boletim Focus do Banco Central indicou que a previsão para a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), passou de 6,41% para 6,39% no caso de 2014.

A pressão de preços projetada pode ter sido menor, mas o crescimento do País este ano também: de 0,90% para 0,86%.

Estas projeções corroboram a avaliação de que a economia brasileira vai mal e, na sessão desta segunda, ajudaram a elevar os juros com prazos mais curtos, principalmente porque houve aumento das estimativas para o IPCA em 2015, de 6,21% para 6,24%.

O dólar, por sua vez, contribuiu para o recuo das taxas longas durante vários momentos do dia. Mas a oscilação da moeda ante o real foi errática.

No fim, em meio a uma liquidez contida, o dólar à vista de balcão teve leve baixa de 0,09%, aos R$ 2,2590.

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