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Juros ignoram dados domésticos e seguem alta do dólar

O movimento foi conduzido pela valorização do dólar ante o real, com os indicadores domésticos e a queda dos yields dos Treasuries deixados em segundo plano


	Bovespa: ao término da negociação regular, taxa do DI para janeiro de 2015 marcava 10,96%
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: ao término da negociação regular, taxa do DI para janeiro de 2015 marcava 10,96% (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2014 às 17h19.

São Paulo - O cenário eleitoral e o movimento global de aversão ao risco influenciaram o desempenho das taxas de juros futuros, que terminaram em alta nesta quarta-feira, 15, sobretudo no longo prazo.

O movimento foi conduzido pela valorização do dólar ante o real, com os indicadores domésticos e a queda dos yields dos Treasuries deixados em segundo plano.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 (51.075 contratos) marcava 10,96%, de 10,949% no ajuste anterior.

A taxa do DI para janeiro de 2016 (194.885 contratos) indicava 11,95%, de 11,85% na véspera.

O DI para janeiro de 2017 (324.765 contratos) apontava 11,89%, de 11,76% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (292.050 contratos) tinha taxa de 11,41%, de 11,23% ontem.

As taxas, no entanto, terminaram longe das máximas, da mesma forma que o dólar também desacelerou ante o real em meio aos rumores eleitorais.

O dólar fechou em alta de 1,50%, a R$ 2,4380, puxado sobretudo pelo debate da noite de ontem da TV Bandeirantes, onde o mercado avaliou que o candidato Aécio Neves não se saiu tão bem quanto os investidores gostariam.

À tarde, no entanto, rumores informavam que Aécio já estaria à frente de Dilma Rousseff (PT) no Estado do Rio de Janeiro, terceiro maior colégio eleitoral do país.

Os dados do Caged e do emprego industrial da Fiesp, divulgados à tarde, não influenciaram o movimento dos juros.

Segundo o Ministério do Trabalho, em setembro, houve a criação de 123.785 vagas, o pior desempenho para o mês desde 2001, início do governo petista.

O resultado ficou abaixo da mediana das estimativas coletadas pelo AE Projeções, de criação de 133.000 postos de trabalho, e dentro do intervalo das previsões, que iam de geração de 68.842 a 173.400 vagas.

Pela manhã, o IBGE informou que as vendas do comércio varejista subiram 1,1% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal.

O resultado ficou acima da mediana de 0,80% encontrada pelo AE Projeções com base em estimativas de economistas.

Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 0,40%, alinhado à mediana negativa de 0,40%.

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