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Juros futuros têm leve queda com cautela externa

Os mercados acionários internacionais adotam a cautela diante de sinais mistos vindos de Japão e China


	Bovespa: às 10h27, na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 projetava taxa 7,10%, ante 7,12% no ajuste de ontem
 (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

Bovespa: às 10h27, na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 projetava taxa 7,10%, ante 7,12% no ajuste de ontem (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2013 às 10h48.

São Paulo - Os juros futuros iniciaram a sexta-feira em leve queda, de olho no exterior, em dia de agenda doméstica fraca. Os mercados acionários internacionais adotam a cautela diante de sinais mistos vindos de Japão e China, além da perda de força da economia alemã e da queda da produção industrial do Reino Unido.

"A aceleração da inflação na China diminui o espaço para mais estímulos monetários à economia do país", diz um experiente profissional. A

lém disso, a informação de que a economia da Alemanha aparentemente mostrou um declínio no quarto trimestre de 2012, segundo relatório mensal do Ministério da Economia alemão, e a queda maior que o esperado da produção industrial do Reino Unido em novembro ante outubro compensam o otimismo com o pacote de estímulos do Japão.

O Japão aprovou um pacote de estímulos à economia de 10,3 trilhões de ienes (US$ 115,7 bilhões), em novo esforço para combater a deflação e dar suporte à economia enfraquecida. O plano deve elevar o Produto Interno Bruto (PIB) em dois pontos porcentuais.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, prometeu estreitar os laços com o Banco Central japonês (BoJ). Segundo ele, acabar com a deflação é importante e há esperança de que o BoJ adote a meta de inflação de 2%, em vez da atual, de 1%.

Na China, a inflação ao consumidor (CPI) subiu 2,5% em dezembro de 2012, ante dezembro de 2011, na maior alta em sete meses e em ritmo mais acelerado que a alta de 2% registrada em novembro, na mesma base de comparação. O Banco do Povo da China (PBOC, o banco central do país) informou que vai continuar implementando política monetária prudente em 2013 e seguirá firme com liberalização da taxa de juros.


Para um operador, "o movimento é continuidade de ontem", quando dados de atividade fraca e inflação alta reforçaram a percepção de que o Banco Central manterá a taxa Selic estável em 7,25% ao ano por período prolongado de tempo.

Entre os indicadores domésticos do dia, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), referente ao movimento de preços percebido por famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos acelerou na passagem de novembro para dezembro. O indicador subiu 0,76% no mês passado, após avançar 0,44% no mês anterior. Com isso, o IPC-C1 encerrou o ano com alta de 6,90%.

Já o emprego na indústria ficou estável na passagem de outubro para novembro, na série livre de influências sazonais, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com novembro de 2011, o emprego industrial caiu 1,0% em novembro de 2012.

Às 10h27, na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 projetava taxa 7,10%, ante 7,12% no ajuste de ontem; o DI com vencimento em janeiro de 2015 tinha taxa de 7,71%, de 7,74%; e o DI com vencimento em janeiro de 2016 marcava 8,20%, de 8,23% no ajuste anterior.

Entre os vencimentos mais longos, o contrato para janeiro de 2017 projetava 8,50%, de 8,53% ontem; e o contrato com vencimento em janeiro de 2021 marcava 9,21%, de 9,24%.

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