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Juros futuros têm leve alta sob influência do dólar

O movimento só não foi mais intenso porque, por outro lado, o recuo dos yields (retornos) dos Treasuries (títulos dos EUA) trazia um viés negativo


	Bolsas: no fim da sessão regular, a taxa do DI para janeiro de 2016 estava em 14,225%, ante 14,219% do ajuste de ontem
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Bolsas: no fim da sessão regular, a taxa do DI para janeiro de 2016 estava em 14,225%, ante 14,219% do ajuste de ontem (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2015 às 16h37.

São Paulo - O firme avanço do dólar ante o real nesta sexta-feira, 13, acabou por determinar a alta das taxas dos contratos futuros de juros na sessão regular.

O movimento só não foi mais intenso porque, por outro lado, o recuo dos yields (retornos) dos Treasuries (títulos dos EUA) trazia um viés negativo.

Em paralelo, investidores na renda fixa brasileira continuaram monitorando as especulações em torno de uma possível troca de comando no Ministério da Fazenda.

No fim da sessão regular, a taxa do DI para janeiro de 2016 estava em 14,225%, ante 14,219% do ajuste de ontem.

O vencimento para janeiro de 2017 marcava 15,58%, ante 15,54%, e o contrato para janeiro de 2019 indicava 15,79%, ante 15,73%.

Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2021 marcou 15,61%, ante 15,53%.

O giro de negócios, vale destacar, foi bastante contido, sendo que DI para janeiro de 2017, o mais líquido, movimentou 206.705 contratos. No fim do dia, o dólar à vista subia 1,61%, aos R$ 3,8308.

Pela manhã, em meio a uma agenda esvaziada de indicadores, os juros futuros já se apoiavam na alta do dólar ante o real. No exterior, porém, os yields caíam, após os avanços vistos em sessões anteriores. 

As apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) elevará juros já em dezembro continuaram majoritárias, o que fazia muitos players saírem das bolsas americanas e alocarem recursos em títulos públicos, pressionando os yields para baixo.

Além disso, outros investidores buscaram Treasuries porque as taxas subiram muito recentemente, o que tornou os títulos americanos atrativos.

No Brasil, as mesas seguiram especulando em torno da possibilidade de Joaquim Levy ser substituído por Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda.

A alternativa havia trazido certa euforia para os negócios no meio da semana, mas hoje a leitura é de que uma troca simples não representará a solução para todos os problemas - ainda mais porque a presidente Dilma Rousseff tem convicções próprias sobre a economia.

As chances de Meirelles assumir, aliás, são uma incógnita, considerando a relação dele com a presidente.

Hoje, Meirelles voltou a dizer que não comentaria rumores e tampouco diria o que faria se estivesse no cargo.

"Seria deselegância da minha parte ficar comentando rumores sobre ocupar um cargo hoje ocupado por um profissional sério, amigo nosso (o ministro Joaquim Levy)", afirmou. Ele defendeu ainda que o ajuste fiscal seja visto como "prioridade número 1".

Já Armínio Fraga, outro ex-presidente do BC, defendeu Levy na condução da política econômica e disse que no lugar dele faria "praticamente tudo" o que o atual ministro está fazendo.

Fraga aproveitou para criticar a presidente Dilma Rousseff: "É muito difícil para o Joaquim trabalhar quando boa parte dos problemas foram criados pela chefe dele".

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