Juros futuros sobem com dólar e Treasuries antes do Fed
O movimento não teve origem em nenhum indicador específico, mas na cautela que cerca o mercado antes da reunião de política monetária do Federal Reserve
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2013 às 17h13.
São Paulo - As taxas futuras de juros abriram a semana com leve alta nos vencimentos mais curtos e com avanço consistente nos longos.
O movimento, no entanto, não teve origem em nenhum indicador específico, mas na cautela que cerca o mercado antes da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), de onde se esperam novos sinais sobre a possibilidade de redução de estímulos.
Nesse ambiente, o dólar subiu ante o real e os juros dos Treasuries (títulos do Tesouro dos Estados Unidos) também têm alta, o que puxa as taxas domésticas.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa nesta segunda-feira, 29, a taxa do contrato futuro de juro para outubro de 2013 (129.315 contratos) era negociada a 8,463%, de 8,454% no ajuste anterior. O contrato para janeiro de 2014 (121.535 contratos) marcava 8,81%, de 8,80% na sexta-feira. O vencimento para janeiro de 2015 (180.330 contratos) indicava taxa de 9,48%, de 9,40%. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (117.420 contratos) apontava 10,68%, ante 10,52% na sexta-feira. O DI para janeiro de 2021 (10.810 contratos) estava na máxima de 11,12%, de 10,92% no ajuste anterior.
De acordo com operadores, o grande evento da semana é a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).
Ninguém espera que algo definitivo saia do encontro, mas as sinalizações podem dar mais clareza sobre quando, efetivamente, a redução das compra de ativos, hoje em US$ 85 bilhões por mês, terá início. "Se a redução começar no curto prazo, os juros, principalmente longos, podem ter um novo movimento de alta", resumiu um operador.
A cautela pela reunião fez o dólar subir de forma generalizada, caminho também percorrido pelos juros do Treasuries, em meio a dados mistos vindos dos EUA. A moeda norte-americana no mercado à vista de balcão doméstico teve valorização de 0,62%, a R$ 2,2690.
As informações conhecidas no Brasil acabaram em segundo plano. Houve queda generalizada da confiança. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 4% em julho ante junho, de 103,8 pontos para 99,6 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Trata-se do menor nível do indicador desde julho de 2009 (95,7 pontos).
De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) caiu 2,7% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado e registrou 110 pontos. Já o índice de Confiança do Empresário do Comércio no município de São Paulo (Icec), da Fecomercio-SP, teve queda de 1,7% no mês passado - terceiro recuo consecutivo.
Logo cedo, o Banco Central trouxe um boletim Focus com poucas alterações. As estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foram mantidas em 2,28% em 2013 e em 2,60% em 2014. A mediana das projeções para o IPCA de 2013 também permaneceu no patamar da semana anterior (5,75%). Para 2014, a expectativa sofreu ligeira alteração para cima, de 5,87% para 5,88%. O boletim Focus mostrou ainda que a projeção para Selic no fim deste ano seguiu em 9,25% ao ano, enquanto a expectativa para a Selic no fim de 2014 caiu de 9,38% para 9,25%.
São Paulo - As taxas futuras de juros abriram a semana com leve alta nos vencimentos mais curtos e com avanço consistente nos longos.
O movimento, no entanto, não teve origem em nenhum indicador específico, mas na cautela que cerca o mercado antes da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), de onde se esperam novos sinais sobre a possibilidade de redução de estímulos.
Nesse ambiente, o dólar subiu ante o real e os juros dos Treasuries (títulos do Tesouro dos Estados Unidos) também têm alta, o que puxa as taxas domésticas.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa nesta segunda-feira, 29, a taxa do contrato futuro de juro para outubro de 2013 (129.315 contratos) era negociada a 8,463%, de 8,454% no ajuste anterior. O contrato para janeiro de 2014 (121.535 contratos) marcava 8,81%, de 8,80% na sexta-feira. O vencimento para janeiro de 2015 (180.330 contratos) indicava taxa de 9,48%, de 9,40%. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (117.420 contratos) apontava 10,68%, ante 10,52% na sexta-feira. O DI para janeiro de 2021 (10.810 contratos) estava na máxima de 11,12%, de 10,92% no ajuste anterior.
De acordo com operadores, o grande evento da semana é a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).
Ninguém espera que algo definitivo saia do encontro, mas as sinalizações podem dar mais clareza sobre quando, efetivamente, a redução das compra de ativos, hoje em US$ 85 bilhões por mês, terá início. "Se a redução começar no curto prazo, os juros, principalmente longos, podem ter um novo movimento de alta", resumiu um operador.
A cautela pela reunião fez o dólar subir de forma generalizada, caminho também percorrido pelos juros do Treasuries, em meio a dados mistos vindos dos EUA. A moeda norte-americana no mercado à vista de balcão doméstico teve valorização de 0,62%, a R$ 2,2690.
As informações conhecidas no Brasil acabaram em segundo plano. Houve queda generalizada da confiança. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 4% em julho ante junho, de 103,8 pontos para 99,6 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Trata-se do menor nível do indicador desde julho de 2009 (95,7 pontos).
De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) caiu 2,7% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado e registrou 110 pontos. Já o índice de Confiança do Empresário do Comércio no município de São Paulo (Icec), da Fecomercio-SP, teve queda de 1,7% no mês passado - terceiro recuo consecutivo.
Logo cedo, o Banco Central trouxe um boletim Focus com poucas alterações. As estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foram mantidas em 2,28% em 2013 e em 2,60% em 2014. A mediana das projeções para o IPCA de 2013 também permaneceu no patamar da semana anterior (5,75%). Para 2014, a expectativa sofreu ligeira alteração para cima, de 5,87% para 5,88%. O boletim Focus mostrou ainda que a projeção para Selic no fim deste ano seguiu em 9,25% ao ano, enquanto a expectativa para a Selic no fim de 2014 caiu de 9,38% para 9,25%.