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Juros futuros mantêm alta com fala de Tombini

O viés de alta é sustentado também pelo otimismo no exterior com os Estados Unidos e pelo comportamento lateral do dólar ante o real


	Bovespa: juro para abril de 2014 (83.845 contratos) estava em 9,88%, de 9,82%. O vencimento para janeiro de 2015 (158.940 contratos) indicava taxa de 10,35%
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: juro para abril de 2014 (83.845 contratos) estava em 9,88%, de 9,82%. O vencimento para janeiro de 2015 (158.940 contratos) indicava taxa de 10,35% (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2013 às 17h34.

São Paulo - Em dia de liquidez bastante abaixo do usual, os juros futuros mantiveram nesta sexta-feira, 11, a tendência da véspera e encerraram o dia em alta.

Na quinta-feira, 10, houve forte ajuste em reação à decisão do Copom de manter o ritmo de alta da Selic e comunicado inalterados e, hoje, os investidores elevaram um pouco mais as taxas dos contratos de DI futuros, principalmente à tarde, após o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, repetir que trabalha para entregar uma inflação cadente no próximo ano, em direção à meta.

O viés de alta é sustentado também pelo otimismo no exterior com os Estados Unidos e pelo comportamento lateral do dólar ante o real, que fechou cotado a R$ 2,18 (+0,05).

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (84.860 contratos) marcava 9,540%, de 9,521% no ajuste anterior.

O juro para abril de 2014 (83.845 contratos) estava em 9,88%, de 9,82%. O vencimento para janeiro de 2015 (158.940 contratos) indicava taxa de 10,35%, na máxima do dia, de 10,28% ontem. Na ponta mais longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 (75.290 contratos) apontava 11,20%, de 11,16% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (1.760 contratos) estava em 11,70%, também na máxima, ante 11,65% no ajuste anterior.

Os negócios hoje foram uma extensão da sessão de ontem, em que os investidores procuram entender quais serão os próximos passos do Banco Central, após a autoridade monetária manter o comunicado que é divulgado ao final da reunião do Copom. As apostas majoritárias indicam nova alta de 0,50 pp em novembro e uma última em janeiro, de 0,25 pp.

Em entrevista à jornalistas nos Estados Unidos, Tombini não trouxe nenhuma novidade, apenas repetiu seu empenho em trazer a inflação para patamares mais baixos neste e no próximo ano. "Estamos trabalhando para que este processo se consolide e continuemos experimentando inflação mais baixa no Brasil", disse Tombini. "Têm algumas ações importantes do Banco Central para que essa tendência se consolide, de continuar essa tendência no próximo ano" disse em Washington, onde participa do encontro anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do G-20, o grupo dos países mais ricos do mundo, representando o Brasil.

Questionado sobre o impacto de um possível aumento do preço da gasolina na inflação, Tombini afirmou que qualquer preço da economia é avaliado, em seu conjunto, pelo BC. "São mais de 400 preços", disse ele. "A meta é fixada para a inflação como um todo e não para um item qualquer", disse Tombini. "Qualquer preço, por mais importante que seja, se tivermos qualquer informação colocamos na nossa conta", completou.

Ele disse ainda, sobre o impacto da mudança da política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), que o BC do Brasil tem que acompanhar isso "com muita atenção e tomar sempre suas melhores decisões, que incluem esta variável, mas também muitas outras".

A agenda doméstica trouxe apenas o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) e o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), com avanços de 0,5% e 0,1% em setembro, ante agosto, segundo a Fundação Getúlio Vargas.

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