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Juros futuros encerram com leve alta

Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 subia a 10,01%, de 10,00% no ajuste e 9,95% na mínima

Pregão da Bovespa: incertezas com relação à economia e um dos piores desempenhos do mundo (Germano Lüders/EXAME.com)

Pregão da Bovespa: incertezas com relação à economia e um dos piores desempenhos do mundo (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2012 às 16h20.

São Paulo - A última parte dos negócios no mercado de juros futuros foi estritamente técnica e os fundamentos que ditaram o ritmo de devolução de prêmios pela manhã ficaram de lado. Segundo operadores, dois grandes players decidiram zerar posições com taxas em patamares superiores aos negociados pela manhã. Com isso, acabaram puxando todo o mercado que, até então, se mostrava vendedor, especialmente na parte curta e intermediária da curva a termo. Um outro profissional acredita que houve uma correção aos exageros do começo do dia.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (430.190 contratos) subia a 10,01%, de 10,00% no ajuste e 9,95% na mínima, enquanto o DI janeiro de 2014, com giro de 172.025 contratos, projetava taxa de 10,51%, ante 10,49% no ajuste, e da mínima intraday de 10,43%. Entre os longos, o DI janeiro de 2021 (2.945 contratos) estava em 11,34%, ante 11,29% no ajuste.

Antes desse movimento, a aceleração do IPC-Fipe na primeira quadrissemana de janeiro para 0,75%, de 0,61% no fechamento de dezembro, assim como o cenário externo, estava em segundo plano, com os agentes repercutindo a nova queda do IPCA ponta na coleta diária da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo uma fonte que teve acesso ao levantamento, o IPCA diário saiu de 0,33% no dia 9 para 0,21% ontem, com alimentação e bebidas desacelerando de 0,98% para 0,70% no período.

Também no que diz respeito aos preços, a primeira prévia de janeiro do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) apontou queda de 0,01%, após a alta de 0,04% em igual prévia de dezembro, informou a FGV. Entre os componentes do IGP-M, o IPA-M teve queda de 0,23% na primeira prévia deste mês, após cair 0,16% na mesma prévia de dezembro, mesmo com o fim da deflação nos preços de agropecuários no atacado. O IPC-M, porém, apresentou taxa positiva de 0,56% na prévia anunciada hoje, depois de avançar 0,33% na primeira prévia do mês passado.

Hoje, o IBGE divulgou a estrutura definitiva de pesos do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) que irão vigorar a partir deste mês e que tiveram como base a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) referente a 2008-2009. As alterações, porém, já estavam nos cálculos dos analistas que, em sua maioria, não alteraram as suas projeções para a inflação, como ocorreu após a divulgação prévia de novembro. Com isso, o anúncio teve efeito nulo para os DIs.

No exterior, os leilões de bônus de Reino Unido e Alemanha tiveram demanda elevada, mostrando aversão ao risco. Amanhã, Espanha e Itália fazem leilões de títulos e os resultados podem mexer bem mais com os mercados.

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