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Juros fecham quase estáveis à espera da ata do Copom

Taxas futuras de juros tiveram leve viés de baixa, influenciadas, de um lado, pela queda do dólar e, de outro, pelo avanço dos juros dos Treasuries

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (224.490 contratos) marcava 9,28% (BM&FBovespa/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2013 às 17h07.

São Paulo - As taxas futuras de juros tiveram um pregão de relativa estabilidade, com leve viés de baixa, influenciadas, de um lado, pela queda do dólar e, de outro, pelo avanço dos juros dos Treasuries.

Mesmo porque o Livro Bege, divulgado no meio da tarde pelo Federal Reserve, não trouxe subsídios adicionais no que diz respeito à possibilidade de redução dos estímulos à economia norte-americana.

Assim, os investidores seguiram em compasso de espera pela ata do Comitê de Política Monetária (Copom), a ser conhecida nesta quinta-feira, 05, e de onde se espera uma análise mais detalhada por parte do Banco Central em relação ao comportamento do câmbio e seus efeitos sobre os preços.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (224.490 contratos) marcava 9,28%, de 9,30% no ajuste anterior.

O vencimento para janeiro de 2015 (231.660 contratos) indicava taxa de 10,53%, de 10,55% ontem. Na ponta mais longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 (228.535 contratos) apontava 11,79%, de 11,82% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (2.425 contratos) estava em 12,15%, igual ao ajuste anterior.

"O Livro Bege não trouxe novas pistas sobre a redução da compra de ativos por parte do Fed. Com isso, os DIs seguiram o leve recuo do câmbio e os investidores ficaram à espera da ata", afirmou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno. Hoje, o dólar à vista no balcão terminou cotado a R$ 2,3560, com baixa de 0,17%.

De acordo com outro profissional, não apenas a ata Copom, mas também o relatório oficial do mercado de trabalho norte-americano, que sai na sexta-feira, pode trazer movimentos mais bruscos para a curva de juros. "Se o resultado do payroll for positivo, o mercado certamente entenderá que a redução dos estímulos começará neste mês. E isso pode adicionar pressão sobre o dólar e sobre os juros", disse.

Em meio a tudo isso, há ainda o fator Síria. A possível intervenção militar no país árabe trouxe volatilidade aos mercados em alguns momentos do dia, uma vez que proposta do Congresso norte-americano, que poderia ser votada ainda hoje, concede 60 dias ao presidente Barack Obama para a investida. Adicionalmente, as vendas das montadoras norte-americanas tiveram forte aumento em agosto, o que contribuiu para o avanço dos juros dos Treasuries.

Apesar da fraca agenda doméstica, um dado de inflação conhecido pela manhã também ajudou no viés de queda das taxas mais curtas. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou alta de 0,22% em agosto, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Em julho, o IPC havia apresentado uma queda de 0,13%. O resultado, no entanto, veio abaixo do piso das estimativas coletadas pelo AE Projeções, de 0,24%.

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Mesmo porque o Livro Bege, divulgado no meio da tarde pelo Federal Reserve, não trouxe subsídios adicionais no que diz respeito à possibilidade de redução dos estímulos à economia norte-americana.

Assim, os investidores seguiram em compasso de espera pela ata do Comitê de Política Monetária (Copom), a ser conhecida nesta quinta-feira, 05, e de onde se espera uma análise mais detalhada por parte do Banco Central em relação ao comportamento do câmbio e seus efeitos sobre os preços.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para janeiro de 2014 (224.490 contratos) marcava 9,28%, de 9,30% no ajuste anterior.

O vencimento para janeiro de 2015 (231.660 contratos) indicava taxa de 10,53%, de 10,55% ontem. Na ponta mais longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 (228.535 contratos) apontava 11,79%, de 11,82% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (2.425 contratos) estava em 12,15%, igual ao ajuste anterior.

"O Livro Bege não trouxe novas pistas sobre a redução da compra de ativos por parte do Fed. Com isso, os DIs seguiram o leve recuo do câmbio e os investidores ficaram à espera da ata", afirmou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno. Hoje, o dólar à vista no balcão terminou cotado a R$ 2,3560, com baixa de 0,17%.

De acordo com outro profissional, não apenas a ata Copom, mas também o relatório oficial do mercado de trabalho norte-americano, que sai na sexta-feira, pode trazer movimentos mais bruscos para a curva de juros. "Se o resultado do payroll for positivo, o mercado certamente entenderá que a redução dos estímulos começará neste mês. E isso pode adicionar pressão sobre o dólar e sobre os juros", disse.

Em meio a tudo isso, há ainda o fator Síria. A possível intervenção militar no país árabe trouxe volatilidade aos mercados em alguns momentos do dia, uma vez que proposta do Congresso norte-americano, que poderia ser votada ainda hoje, concede 60 dias ao presidente Barack Obama para a investida. Adicionalmente, as vendas das montadoras norte-americanas tiveram forte aumento em agosto, o que contribuiu para o avanço dos juros dos Treasuries.

Apesar da fraca agenda doméstica, um dado de inflação conhecido pela manhã também ajudou no viés de queda das taxas mais curtas. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou alta de 0,22% em agosto, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Em julho, o IPC havia apresentado uma queda de 0,13%. O resultado, no entanto, veio abaixo do piso das estimativas coletadas pelo AE Projeções, de 0,24%.

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