Juros fecham em baixa, com câmbio e atuações do BC e Tesouro
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para julho de 2017 (553.450 contratos) fechou a 10,544%, de 10,760% no ajuste anterior
Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de maio de 2017 às 18h11.
São Paulo - Os juros futuros fecharam a sexta-feira, 19, em queda a sessão regular do segmento BM&F, influenciados pelo alívio no câmbio, por sua vez ajudado pela atuação do Banco Central ofertando contratos de swap cambial.
Do mesmo modo, os leilões extraordinários de compra e venda de títulos públicos realizados nesta sexta e programados para os próximos dias também ajudaram a tranquilizar o mercado.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para julho de 2017 (553.450 contratos) fechou a 10,544%, de 10,760% no ajuste anterior.
A taxa do DI janeiro de 2018 (625.705 contratos) caiu de 10,075% para 9,670% e a do DI janeiro de 2019 (1.077.254 contratos) fechou em 9,970%, de 10,41%.
O DI janeiro de 2021 (689.888 contratos) encerrou com taxa de 11,17%, de 11,39% no ajuste da quinta.
O Banco Central, que na quinta-feira, 18, já havia realizado cinco leilões de swap cambial - sendo um deles para rolagem dos contratos que vencem em junho -, fez nesta sexta mais dois, contribuindo para que o dólar recuasse ao longo da sessão desta sexta-feira.
Às 16h45, a moeda no segmento à vista caía 3,91%, aos R$ 3,2544, influenciada ainda pelo movimento global de baixa.
"O Banco Central continuará monitorando o impacto das informações recentemente divulgadas e atuará, sempre que necessário, para manter a plena funcionalidade dos mercados", disse nesta sexta o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.
Já o Tesouro fez nesta sexta leilões de NTN-B, LTN e NTN-F, oferecendo porta de saída ao investidor e referência de preço para os papéis negociados no mercado secundário.
O cenário doméstico continua bastante incerto, mas alguns agentes acreditam que o espaço para um corte da Selic em 1 ponto porcentual ainda está preservado, sobretudo diante da percepção de que a crise política deve manter a atividade fraca, o que ajudaria a inflação em baixa.