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Juros curtos sobem, na véspera do IPCA de janeiro

As perspectivas para a inflação continuaram norteando os investidores do mercado de juros

Bovespa: a taxa do juro para julho encerrou a sessão a  7,09%, contra 7,07% no ajuste (Nacho Doce/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2013 às 16h03.

Nesta véspera de divulgação do IPCA de janeiro, as taxas futuras de juros tiveram movimento contrário ao pregão anterior: os vencimentos mais curtos experimentaram alta, enquanto os longos operaram perto do ajuste, após uma manhã de grande volatilidade nesta quarta-feira.

Operadores acreditam que os investidores estão se posicionando para uma eventual surpresa com o índice de inflação oficial, que poderia vir pior do que se espera. Na primeira metade dos negócios, as taxas subiram com o aumento da produção de veículos e com declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre combustíveis, mas devolveram os ganhos com o resultado abaixo do esperado para o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) de dezembro.

Ao término da negociação normal na BM&F, a taxa para julho de 2013 (158.470 contratos) estava na máxima de 7,09%, de 7,07% no ajuste. O contrato para janeiro de 2014 (380.030 contratos) marcava taxa máxima de 7,35%, ante 7,28% na terça-feira. O DI para janeiro de 2015 (365.325 contratos) indicava 8,09%, de 8,02% no ajuste. Entre os mais longos, o contrato para janeiro de 2017 (240.805 contratos) tinha taxa de 9,02%, ante 9,00% na véspera, e o DI para janeiro de 2021 (14.950 contratos) apontava 9,70%, ante 9,72% no ajuste.

"Os dados de atividade ainda não indicam um tendência clara. Então, trazem certa oscilação para o mercado. Mas o avanço das taxas curtas à tarde pode estar relacionado a perspectivas de que o IPCA tem potencial para surpreender para cima", afirmou um operador.

Apesar de a atividade seguir no radar do mercado, o patamar elevado da inflação continua o principal vetor dos investidores em juros. Por isso a expectativa pelo IPCA. Levantamento do AE Projeções com 45 instituições mostra que as estimativas são de uma taxa de 0,77% a 0,90%, com mediana de 0,83%. Mais cedo, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) informou que o valor médio da cesta básica subiu em janeiro, na comparação com dezembro, nas 18 capitais brasileiras pesquisadas.


Vale lembrar que na terça-feira (05) a presidente Dilma Rousseff admitiu que o governo estuda a desoneração integral da cesta básica. A declaração foi interpretada pelos agentes como um indicativo de que a inflação segue preocupando o governo, que está disposto a tomar novas medidas para contê-la, mesmo que paliativas.

Também nesta quarta-feira, o Banco Central (BC) anunciou que a inflação do segmento de commodities medida pelo Índice de Commodities (IC-Br) caiu 1,41% na margem. Em dezembro, a alta havia sido de 1,47%.

Quanto à atividade, a Anfavea divulgou os resultados de janeiro da indústria automobilística. Segundo a entidade, a produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus somou 279.332 unidades em janeiro, uma alta de 7,7% na comparação com dezembro e avanço de 31,9% ante o mesmo período de 2012. Por outro lado, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que o Nuci recuou para 80,9% em dezembro, de 81,4% no mês anterior, com ajuste. O resultado ficou abaixo do piso das previsões coletadas pelo AE Projeções, que iam de 81,20% a 81,90%.

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Nesta véspera de divulgação do IPCA de janeiro, as taxas futuras de juros tiveram movimento contrário ao pregão anterior: os vencimentos mais curtos experimentaram alta, enquanto os longos operaram perto do ajuste, após uma manhã de grande volatilidade nesta quarta-feira.

Operadores acreditam que os investidores estão se posicionando para uma eventual surpresa com o índice de inflação oficial, que poderia vir pior do que se espera. Na primeira metade dos negócios, as taxas subiram com o aumento da produção de veículos e com declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre combustíveis, mas devolveram os ganhos com o resultado abaixo do esperado para o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) de dezembro.

Ao término da negociação normal na BM&F, a taxa para julho de 2013 (158.470 contratos) estava na máxima de 7,09%, de 7,07% no ajuste. O contrato para janeiro de 2014 (380.030 contratos) marcava taxa máxima de 7,35%, ante 7,28% na terça-feira. O DI para janeiro de 2015 (365.325 contratos) indicava 8,09%, de 8,02% no ajuste. Entre os mais longos, o contrato para janeiro de 2017 (240.805 contratos) tinha taxa de 9,02%, ante 9,00% na véspera, e o DI para janeiro de 2021 (14.950 contratos) apontava 9,70%, ante 9,72% no ajuste.

"Os dados de atividade ainda não indicam um tendência clara. Então, trazem certa oscilação para o mercado. Mas o avanço das taxas curtas à tarde pode estar relacionado a perspectivas de que o IPCA tem potencial para surpreender para cima", afirmou um operador.

Apesar de a atividade seguir no radar do mercado, o patamar elevado da inflação continua o principal vetor dos investidores em juros. Por isso a expectativa pelo IPCA. Levantamento do AE Projeções com 45 instituições mostra que as estimativas são de uma taxa de 0,77% a 0,90%, com mediana de 0,83%. Mais cedo, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) informou que o valor médio da cesta básica subiu em janeiro, na comparação com dezembro, nas 18 capitais brasileiras pesquisadas.


Vale lembrar que na terça-feira (05) a presidente Dilma Rousseff admitiu que o governo estuda a desoneração integral da cesta básica. A declaração foi interpretada pelos agentes como um indicativo de que a inflação segue preocupando o governo, que está disposto a tomar novas medidas para contê-la, mesmo que paliativas.

Também nesta quarta-feira, o Banco Central (BC) anunciou que a inflação do segmento de commodities medida pelo Índice de Commodities (IC-Br) caiu 1,41% na margem. Em dezembro, a alta havia sido de 1,47%.

Quanto à atividade, a Anfavea divulgou os resultados de janeiro da indústria automobilística. Segundo a entidade, a produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus somou 279.332 unidades em janeiro, uma alta de 7,7% na comparação com dezembro e avanço de 31,9% ante o mesmo período de 2012. Por outro lado, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que o Nuci recuou para 80,9% em dezembro, de 81,4% no mês anterior, com ajuste. O resultado ficou abaixo do piso das previsões coletadas pelo AE Projeções, que iam de 81,20% a 81,90%.

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