Juros caem com queda do dólar e especulação com eleições
Mais cedo, taxas chegaram a subir diante do nervosismo, no mercado de bônus, com a notícia da saída de Bill Gross da Pacific Investment Management Co. (Pimco)
Da Redação
Publicado em 26 de setembro de 2014 às 17h27.
São Paulo - Os juros futuros acompanharam de perto o comportamento do dólar e também caíram no pregão desta sexta-feira, 26.
Mais cedo, porém, as taxas chegaram a subir diante do nervosismo, no mercado de bônus, com a notícia da saída de Bill Gross da Pacific Investment Management Co. (Pimco).
"Existe a preocupação de que uma grande liquidação aconteça como resultado dessa partida abrupta", disse Tom di Galoma, da ED & F Man Capital Markets. A Pimco tem participação importante em títulos brasileiros.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 (31.660 contratos) marcava 10,88%, igual ao ajuste anterior.
A taxa do DI para janeiro de 2016 (146.570 contratos) indicava 11,68%, de 11,73% ontem. O DI para janeiro de 2017 (369.385 contratos) apontava 11,88%, de 11,95% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (203.115 contratos) tinha de 11,77%, de 11,84% na véspera.
Apesar do viés de alta para o dólar ao redor do mundo, trazido pela última revisão do PIB dos EUA, o mercado doméstico reagiu apenas momentaneamente ao dado, levando a moeda ante o real para as máximas, o que suscitou, posteriormente, uma onda de vendas.
A economia americana cresceu a uma taxa anualizada de 4,6% no segundo trimestre, ritmo mais rápido desde o quarto trimestre de 2011 e acima da leitura anterior, que apontava uma expansão de 4,2%.
Depois disso, os investidores se concentraram nas especulações em torno do que mostrará a pesquisa Datafolha, levando o dólar a renovar mínimas ao longo da tarde.
O dólar à vista no balcão terminou o dia com desvalorização de 0,66%, cotado a R$ 2,4140.
Os indicadores conhecidos hoje voltaram a ficar em segundo plano.
O estoque de operações de crédito do sistema financeiro subiu 1% em agosto ante julho. No acumulado do ano até o mês passado, houve alta de 5,5% e, em 12 meses, de 11,1%.
A média diária de concessões de crédito livre subiu 7,1% em agosto em relação a julho. No crédito direcionado, a média avançou 20,8% na comparação mensal.
Mais cedo, foi revelado ainda que o Índice de Preços ao Produtor (IPP) de agosto subiu 0,48%, de queda de 0,28% em julho.
Pelo lado da atividade, a confiança do empresário do comércio manteve a trajetória de declínio no terceiro trimestre.
O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 8,7% na comparação com igual período de 2013, divulgou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em agosto, a taxa trimestral interanual havia sido menos intensa, com queda de 7,3%.