Juro futuro sobe por dólar e comentários de Hamilton
As declarações do diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton, no meio da tarde, mantiveram os juros em alta
Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2013 às 17h08.
São Paulo - As taxas futuras de juros , sobretudo de longo prazo, aceleraram a alta do meio da tarde para frente, em linha com a intensificação do avanço do dólar ante o real.
Como a liquidez foi extremamente reduzida, o movimento não encontrou qualquer tipo de resistência. Em meio a isso, as declarações do diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton, também no meio da tarde, mantiveram os juros em alta.
Na apresentação do Boletim Regional, em Belém, o diretor afirmou nesta segunda-feira que o melhor momento para a inflação em 2013 foi julho, que a inflação mensal tende a ser maior a partir de agora e que as políticas fiscal e parafiscal são expansionistas.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro janeiro de 2014 (63.050 contratos) marcava 8,90%, de 8,86% no ajuste anterior.
O vencimento para janeiro de 2015 (232.490 contratos) indicava taxa de 9,72%, de 9,60% na sexta-feira. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (103.575 contratos) apontava máxima de 10,95%, ante 10,82%. O DI para janeiro de 2021 (apenas 835 contratos) estava na máxima de 11,44%, de 11,19% no ajuste anterior.
"Os juros tiveram uma liquidez muito baixa e vinham em alta, assim como as taxas dos Treasuries e o dólar. Quando o dólar acelerou, os juros acompanharam", afirmou um operador.
"Depois, Carlos Hamilton trouxe uma leitura realista da inflação e da situação econômica, o que ajudou a sustentar as taxas", completou o economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano.
O documento do BC mostra que a trajetória de inflação em 2013 será em forma de "V" e que o piso foi em julho, quando o IPCA subiu apenas 0,03%. Hamilton disse que, "sem inflação baixa, é impossível ter crescimento prolongado". "Com inflação elevada, temos menos emprego e menos consumo", pontuou o diretor. Ainda segundo ele, o consumo do governo supera os 20% do Produto Interno Bruto (PIB) e "tem crescido".
Nesse ambiente, e com a alta do dólar, que avançou 0,66% no mercado à vista de balcão, terminando na máxima do dia, a R$ 2,2870, os investidores em juros seguem apostando em mais uma alta de 0,50 ponto porcentual da Selic em agosto.
Os indicadores conhecidos mais cedo não tiveram grande relevância para o movimento dos juros. Mesmo porque, o mercado aguarda as vendas varejistas de junho, na quarta-feira, 14, e o IBC-Br do mesmo mês, na quinta, 15.
Ainda no que diz respeito à atividade, a pesquisa Focus mostrou revisão em baixa na estimativa para o PIB, de 2,24% para 2,21% em 2013. Para 2014, a expectativa passou de 2,60% para 2,50%. A mediana das expectativas para o IPCA de 2013 passou de 5,75% na semana passada para 5,74%. E para 2014, de 5,87% para 5,85%. Já as estimativas para a Selic foram mantidas em 9,25% para o fim de 2013 e de 2014.
São Paulo - As taxas futuras de juros , sobretudo de longo prazo, aceleraram a alta do meio da tarde para frente, em linha com a intensificação do avanço do dólar ante o real.
Como a liquidez foi extremamente reduzida, o movimento não encontrou qualquer tipo de resistência. Em meio a isso, as declarações do diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton, também no meio da tarde, mantiveram os juros em alta.
Na apresentação do Boletim Regional, em Belém, o diretor afirmou nesta segunda-feira que o melhor momento para a inflação em 2013 foi julho, que a inflação mensal tende a ser maior a partir de agora e que as políticas fiscal e parafiscal são expansionistas.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro janeiro de 2014 (63.050 contratos) marcava 8,90%, de 8,86% no ajuste anterior.
O vencimento para janeiro de 2015 (232.490 contratos) indicava taxa de 9,72%, de 9,60% na sexta-feira. Na ponta mais longa, o contrato para janeiro de 2017 (103.575 contratos) apontava máxima de 10,95%, ante 10,82%. O DI para janeiro de 2021 (apenas 835 contratos) estava na máxima de 11,44%, de 11,19% no ajuste anterior.
"Os juros tiveram uma liquidez muito baixa e vinham em alta, assim como as taxas dos Treasuries e o dólar. Quando o dólar acelerou, os juros acompanharam", afirmou um operador.
"Depois, Carlos Hamilton trouxe uma leitura realista da inflação e da situação econômica, o que ajudou a sustentar as taxas", completou o economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano.
O documento do BC mostra que a trajetória de inflação em 2013 será em forma de "V" e que o piso foi em julho, quando o IPCA subiu apenas 0,03%. Hamilton disse que, "sem inflação baixa, é impossível ter crescimento prolongado". "Com inflação elevada, temos menos emprego e menos consumo", pontuou o diretor. Ainda segundo ele, o consumo do governo supera os 20% do Produto Interno Bruto (PIB) e "tem crescido".
Nesse ambiente, e com a alta do dólar, que avançou 0,66% no mercado à vista de balcão, terminando na máxima do dia, a R$ 2,2870, os investidores em juros seguem apostando em mais uma alta de 0,50 ponto porcentual da Selic em agosto.
Os indicadores conhecidos mais cedo não tiveram grande relevância para o movimento dos juros. Mesmo porque, o mercado aguarda as vendas varejistas de junho, na quarta-feira, 14, e o IBC-Br do mesmo mês, na quinta, 15.
Ainda no que diz respeito à atividade, a pesquisa Focus mostrou revisão em baixa na estimativa para o PIB, de 2,24% para 2,21% em 2013. Para 2014, a expectativa passou de 2,60% para 2,50%. A mediana das expectativas para o IPCA de 2013 passou de 5,75% na semana passada para 5,74%. E para 2014, de 5,87% para 5,85%. Já as estimativas para a Selic foram mantidas em 9,25% para o fim de 2013 e de 2014.