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Juro futuro sobe com ajuste técnico e fala de Mantega

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em julho de 2013 (167.185 contratos) marcava 7,45%, de 7,43% no ajuste anterior

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2013 às 17h08.

São Paulo - Sem indicadores domésticos que tornassem possível uma direção mais clara aos juros, as taxas futuras subiram amparadas por uma correção um pouco mais técnica e por declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

De acordo com profissionais de renda fixa, as taxas fizeram o movimento que deveriam ter feito nesta quarta-feira, 8, diante da surpresa ruim com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Mas um fluxo mais forte de venda de taxa anulou o acúmulo de prêmios no pregão da quarta-feira. Segundo fontes ouvidas pelo jornalista Fernando Travaglini, da Agência Estado, o fato de Mantega ter sinalizado que o governo não abre mão do mercado de trabalho aquecido favorece a resistência da inflação e também contribuiu para o movimento dos juros.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em julho de 2013 (167.185 contratos) marcava 7,45%, de 7,43% no ajuste anterior. O DI com vencimento em janeiro de 2014 (273.960 contratos) apontava 7,88%, de 7,86% na quarta-feira. O juro com vencimento em janeiro de 2015 (286.295 contratos) indicava 8,24%, de 8,19% na véspera.

Entre os longos, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 (162.840 contratos) marcava máxima de 8,87%, ante 8,76% quarta-feira, e o DI para janeiro de 2021 (13.270 contratos) estava em 9,47%, de 9,34% no ajuste anterior.

"Enxergo mais um movimento técnico de recomposição em virtude de algumas quedas recentes, como na véspera do IPCA", disse um operador. Conforme o economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, um fluxo de venda de taxas impediu uma alta dos juros quarta-feira.

"Hoje (09), há essa correção. Além disso, o avanço do dólar ante grande parte das demais moedas, incluindo o real, ajuda a sustentar o avanço das taxas. Pela manhã, segundo fontes, o fato de o ministro Mantega ter dito que 'tão mais importante do que o PIB é a geração de empregos formais' mostra que o mercado de trabalho deve seguir aquecido e sendo um vetor de pressão sobre os preços."

Em apresentação a parlamentares do PT, Mantega deu um panorama positivo para a inflação. Na análise dele, o governo toma todas as medidas necessárias para o controle inflacionário. Mantega acrescentou que a inflação respeita uma trajetória comum nos últimos anos. "(A inflação) não é generalizada. Ela é muito concentrada nos alimentos e vai cair. Isso todo mundo sabe", disse.

Entre os indicadores domésticos, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou uma elevação de 0,31% na primeira quadrissemana de maio, avanço em relação ao fechamento de abril (0,28%). O resultado ficou levemente abaixo da mediana encontrada pelo AE Projeções, de 0,33%.

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