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Juro futuro sobe com ajuste técnico, dólar e Treasuries

O giro foi contido, enquanto os participantes do mercado aguardam dados sobre atividade que serão divulgados esta semana


	Bovespa: ao fim da sessão regular, taxa do contrato de DI para julho de 2014 marcava 10,865%
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: ao fim da sessão regular, taxa do contrato de DI para julho de 2014 marcava 10,865% (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2014 às 16h58.

São Paulo - Os juros futuros fecharam em leve alta nesta segunda-feira, 12, em um movimento de correção após a queda acentuada na sessão anterior, quando o IPCA de abril no piso das estimativas fez muitos investidores reverem suas posições.

O avanço também foi favorecido pela discreta valorização do dólar e pela alta nos yields dos Treasuries.

Mesmo assim, o giro foi contido, enquanto os participantes do mercado aguardam dados sobre atividade que serão divulgados esta semana.

Ao fim da sessão regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para julho de 2014 (15.955 contratos) marcava 10,865%, de 10,853% no ajuste anterior.

O DI para janeiro de 2015 (115.395 contratos) apontava 11,00%, de 10,98%.

Na ponta mais longa da estrutura a termo, o contrato para janeiro de 2017 (63.805 contratos) indicava 12,16%, de 12,12%. E o juro para janeiro de 2021 (17.965 contratos) tinha taxa de 12,42%, de 12,38%.

Em um dia de agenda vazia nos EUA e aqui, os operadores aproveitaram para promover um ajuste técnico nos juros após a queda de sexta-feira, em meio a um volume de negociação limitado.

Além disso, a discreta alta do dólar colaborou para o avanço das taxas, assim como a elevação nos yields dos Treasuries.

Com as bolsas de NY nas máximas históricas, os investidores deixaram a segurança dos títulos do Tesouro norte-americano para procurar ativos mais arriscados e com maior retorno.

Agora, a expectativa dos agentes financeiros recai nos dados de atividade que serão conhecidos ao longo da semana.

As atenções se voltam para os resultados do comércio varejista em março, que serão anunciados na quinta-feira pelo IBGE, além do IBC-Br referente ao mesmo mês, que deve ser conhecido na sexta-feira.

Há, ainda, a divulgação do primeiro indicador fechado de inflação em maio, o IGP-10, na mesma quinta-feira. É esperado para esta semana o Caged de abril e, amanhã, saem os números sobre o emprego industrial.

Hoje, os dados divulgados não fizeram muito preço. A Fipe informou que o IPC, que mede a inflação na cidade de São Paulo, teve alta de 0,45% na primeira quadrissemana de maio, uma desaceleração em relação à última leitura de abril, que teve avanço de 0,53%.

Já a Pesquisa Focus, do Banco Central, mostrou que a estimativa para o PIB neste ano subiu de 1,63% para 1,69%, enquanto a expectativa para o IPCA recuou de 6,50% para 6,39%.

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