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Da Redação
Publicado em 11 de março de 2011 às 14h21.
São Paulo - O forte terremoto que atingiu o Japão na madrugada desta sexta-feira impunha aos já ressabiados mercados financeiros internacionais ainda mais cautela. No Brasil, contudo, o impacto se mostrava limitado, com a Bovespa subindo.
A bolsa brasileira era sustentada pelo bom desempenho de ações do setor imobiliário, que tinham algum respiro após o Banco Central sinalizar na véspera que não deve intensificar o ciclo de aperto monetário.
A blue chip Petrobras operava praticamente estável, acompanhando a fraqueza nos preços do petróleo. As commodities como um todo eram prejudicadas após um tremor de magnitude 8,9 na escala Richter atingir o nordeste do Japão, terceiro maior consumidor mundial de matérias-primas.
O abalo foi o maior em 140 anos de registros em território japonês e provocou uma onda de dez metros de altura que varreu tudo em seu caminho, incluindo casas, navios, carros e estruturas agrícolas. Cerca de 300 corpos foram encontrados na cidade costeira de Sendai, no nordeste do país, segundo a emissora de TV NHK.
O iene chegou a perder valor ante o dólar mais cedo, mas recuperava-se e influenciava o recuo de 0,4 por cento da moeda norte-americana frente a uma cesta de divisas.
Os papéis de seguradoras europeias despencavam por temores de que o setor - já abalado por diversos desastres naturais naturais recentemente - enfrente uma nova rodada de indenizações. O segmento pressionava o índice de ações europeu, que cedia à mínima em três meses.
Em Nova York, um dado mostrando que a confiança do consumidor norte-americano caiu em março à mínima em cinco meses também pesava sobre o humor de investidores. Mas o tom negativo era amortecido pelo crescimento de 1 por cento nas vendas do varejo do país, o mais forte desde outubro.
O dólar tinha teve alta ante o real, ainda na expectativa pelo anúncio de medidas sobre o câmbio. Os juros futuros, por outro lado, cediam depois que o IPC-Fipe e o IGP-M desaceleraram o acréscimo na primeira prévia do mês.