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Iraniano fez reservas para passageiros com passaporte falso

A polícia descartou a relação entre os passaportes roubados e o terrorismo, e apontou que os dois passageiros tentavam buscar asilo na Europa

Montagem mostra os dois homens que, segundo a polícia, estavam viajando com passaportes roubados a bordo do avião desaparecido da Malaysia Airlines (REUTERS/Malaysian Police/Handout via Reuters)

Montagem mostra os dois homens que, segundo a polícia, estavam viajando com passaportes roubados a bordo do avião desaparecido da Malaysia Airlines (REUTERS/Malaysian Police/Handout via Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2014 às 06h43.

Bangcoc - Os bilhetes de viagem dos dois passageiros com passaportes falsos do avião desaparecido da Malaysia Airlines foram reservados por um cidadão do Irã a duas agências de viagens da Tailândia, informaram nesta terça-feira a imprensa e fontes oficiais tailandesas.

A compra das passagens foi realizada no dia 6 de março - menos de 48 horas antes do voo - em agências da cidade turística de Pattaya, a cerca de 100 quilômetros da capital Bangcoc, segundo o Departamento Nacional de Notícias da Tailândia.

A polícia de Pattaya esteve ontem nas agências de viagens Grand Horizon - que recebeu as reservas - e Six Stars Travel - que assumiu a operação - para recolher informações sobre o caso.

"Ainda temos que determinar quem reservou e comprou os bilhetes para essas duas pessoas. Podem ter sido eles mesmos ou amigos seus na Tailândia", disse Ratchtapong Tiasut, superintendente do Departamento de Imigração da província de Chon Buri.

Um funcionário de uma das agências disse ao jornal "Bangcoc Post" que sua companhia recebeu a reserva em um e-mail enviado do Irã por um cidadão iraniano que se chama "Ali".

O funcionário garantiu que conhece pessoalmente o comprador, que teria vários negócios em Pattaya, e que essa mesma pessoa já reservou anteriormente vários voos na mesma agência, tanto para ele como para outros amigos quando estava na cidade.


Segundo o funcionário, Ali perguntou em primeiro lugar por voos para Copenhague e Frankfurt com as companhias Etihad Airways e Catar Airways, mas preferiu a oferta mais barata da China Southern Airlines, pela qual pagou 25.500 bats (cerca de US$ 788).

Também disse ao jornal que a agência de viagens ofereceu as informações sobre a operação ao FBI (polícia federal americana).

Os dois passageiros embarcaram com passaportes falsos, as do italiano Luigi Maraldi e do austríaco Christian Kozel, que tiveram seus documentos roubados na Tailândia em 2013 e 2012, respectivamente.

Os bilhetes foram reservados à China Southern Airlines - que compartilhava a operação com a companhia aérea malaia - com saída em Kuala Lumpur e destino a Amsterdã via Pequim.

O bilhete reservado com o passaporte italiano continuava a viagem até Copenhague, enquanto o do austríaco seguia até Frankfurt.

O comissário da polícia de imigração tailandesa, Pharnu Kerdlarpphon, descartou a relação entre os passaportes roubados e o terrorismo, e ventilou a possibilidade de que os dois passageiros tentavam buscar asilo na Europa.

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