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IPO da BR prevê criação de fundo para entrada de investidor

Na prática, o fundo ajudará os investidores pessoas físicas a investirem na companhia, com um tíquete menor

BR: o mesmo instrumento foi desenhado em 2010, na megacapitalização da Petrobras (Paulo Whitaker/Reuters)

BR: o mesmo instrumento foi desenhado em 2010, na megacapitalização da Petrobras (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de outubro de 2017 às 14h16.

São Paulo - A abertura de capital da BR Distribuidora, da Petrobras, contará com um fundo de investimento em ações que será constituído para a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

Na prática é um fundo que ajudará os investidores pessoas físicas a investirem na companhia, com um tíquete menor. Mesmo instrumento foi desenhado em 2010, na megacapitalização da Petrobras.

Segundo a lâmina do fundo, com o detalhamento do produto, o fundo é destinado a investidores pessoas físicas, jurídicas e ainda fundos de investimento.

O valor mínimo para aplicação em tal fundo é de R$ 200 e máximo de R$ 1 milhão. A política de investimento prevê que a carteira terá entre 90% e 100% de sua carteira investida em ações ordinárias da BR.

No formulário de informações complementares do fundo não consta, ainda, o nome do administrador e gestor. No prospecto, publicado no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o fundo será constituído por "determinadas instituições participantes da oferta".

Os bancos coordenadores são o Citi (líder), Bank of America Merrill Lynch, Banco do Brasil, Bradesco BBI, Itaú BBA, JP Morgan, Morgan Stanley e Santander.

A minuta do prospecto preliminar, publicada no site da CVM, ainda não possui intervalo do preço da ação, volume de ações a serem ofertadas ou o cronograma do IPO, mas prevê que a oferta será concluída neste ano.

O prospecto prevê a colocação do lote suplementar no limite de 15% do montante de ações a serem ofertadas e, ainda, mais 20%, referente ao lote adicional, caso a demanda seja aquecida. A listagem da BR será no Novo Mercado, segmento de mais elevadas práticas de governança corporativa da B3.

A BR chegou perto de fazer seu IPO em 2015, mas o agravamento da crise política e econômica fez com que a empresa voltasse atrás. Depois disso, a tentativa foi de uma venda direta.

O ativo chamou muito a atenção de investidores nacionais e estrangeiros, mas houve uma pressão para que a Petrobras vendesse o controle da BR, o que não era seu desejo. Agora, com o IPO, a ideia é que a oferta englobe entre 25% e 40% das ações da BR detidas pela Petrobras.

O prospecto confirma que a oferta será apenas secundária, ou seja, os recursos oriundos do IPO não irão ao caixa da BR, mas sim do acionista vendedor, ou seja, a Petrobras.

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