Exame Logo

IOF e postura defensiva levam dólar a fechar em R$ 1,73

O foco se desviou novamente para o lado externo e a moeda fechou no maior valor desde 23 de novembro de 2010

Detalhe de uma nota de dólar (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2011 às 17h40.

São Paul - Depois de uma semana em que as atenções se voltaram para o mercado internacional, hoje o noticiário doméstico dominou os negócios e fez o dólar se descolar do exterior durante praticamente todo o dia. Perto do fim dos negócios, no entanto, o foco se desviou novamente para o lado externo e a moeda norte-americana fechou na máxima a R$ 1,730, maior valor desde 23 de novembro de 2010, quando atingiu R$ 1,7340. O motivo para essa desvalorização do real, segundo alguns operadores, é a preocupação com o que pode vir a acontecer no final de semana na zona do euro. "O mercado esqueceu um pouco do exterior por causa do IOF, agora, perto do fechamento, caiu a ficha que o final de semana chegou e, na dúvida, o melhor é tentar minimizar perdas, já que a situação lá fora ainda é bem complicada", disse um operador.

O dólar no balcão encerrou na máxima, com alta de 1,29%. Na mínima, a divisa norte-americana atingiu R$ 1,7070. Na semana, a divisa acumula ganho de 2,91%, no mês, tem valorização de 8,53% e no ano, de 3,97%. Na BM&F, o dólar pronto fechou também na máxima, a R$ 1,7255 com valorização de 0,84%. Na mínima, a moeda atingiu R$ 1,7090. O dólar na BM&F exibe alta acumulada de 2,70% na semana, de 8,45% no mês e de 2,76% no ano.

Logo cedo o mercado foi surpreendido com a publicação, no Diário Oficial, do decreto de número 7.536 que se refere à cobrança de IOF sobre derivativos cambiais. Mas segundo os técnicos da Fazenda, que concederam entrevista no início da tarde para esclarecer a medida, não houve mudança na abrangência da tributação e as alterações foram um "ajuste da linguagem" em relação à decisão anterior. Eles explicaram que esse acerto foi determinado após negociação com o próprio mercado: BM&FBovespa, Cetip, Febraban e Andima.

O mercado passou quase toda a manhã confuso, no aguardo de esclarecimentos sobre a medida cambial anunciada hoje. Após as explicações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, alguns pontos foram esclarecidos e outros ainda geravam dúvidas, pelo menos neste primeiro dia. A percepção inicial geral era a de que a cobrança de IOF estava sendo ampliada. E foi isso que determinou a pressão de alta registrada na abertura dos negócios com dólar.

O ministro voltou a esclarecer que as operações feitas no exterior estão isentas, assim como estão livres de imposto os derivativos não financeiros, mesmo que cotados em dólar. No que se refere às opções, o decreto mostrou que a tributação será feita pelo valor delta hedge da operação (grosso modo, pelo preço que contempla uma contraparte que neutraliza o risco). Quanto aos exportadores, a desoneração continua na promessa. Os técnicos da Fazenda garantiram que ela chegará, mas por enquanto está em estudo. A medida também definiu quem recolhe o tributo e a tarefa ficou com as instituições que representam o investidor. Isso não agradou a essa parte do mercado.

Veja também

São Paul - Depois de uma semana em que as atenções se voltaram para o mercado internacional, hoje o noticiário doméstico dominou os negócios e fez o dólar se descolar do exterior durante praticamente todo o dia. Perto do fim dos negócios, no entanto, o foco se desviou novamente para o lado externo e a moeda norte-americana fechou na máxima a R$ 1,730, maior valor desde 23 de novembro de 2010, quando atingiu R$ 1,7340. O motivo para essa desvalorização do real, segundo alguns operadores, é a preocupação com o que pode vir a acontecer no final de semana na zona do euro. "O mercado esqueceu um pouco do exterior por causa do IOF, agora, perto do fechamento, caiu a ficha que o final de semana chegou e, na dúvida, o melhor é tentar minimizar perdas, já que a situação lá fora ainda é bem complicada", disse um operador.

O dólar no balcão encerrou na máxima, com alta de 1,29%. Na mínima, a divisa norte-americana atingiu R$ 1,7070. Na semana, a divisa acumula ganho de 2,91%, no mês, tem valorização de 8,53% e no ano, de 3,97%. Na BM&F, o dólar pronto fechou também na máxima, a R$ 1,7255 com valorização de 0,84%. Na mínima, a moeda atingiu R$ 1,7090. O dólar na BM&F exibe alta acumulada de 2,70% na semana, de 8,45% no mês e de 2,76% no ano.

Logo cedo o mercado foi surpreendido com a publicação, no Diário Oficial, do decreto de número 7.536 que se refere à cobrança de IOF sobre derivativos cambiais. Mas segundo os técnicos da Fazenda, que concederam entrevista no início da tarde para esclarecer a medida, não houve mudança na abrangência da tributação e as alterações foram um "ajuste da linguagem" em relação à decisão anterior. Eles explicaram que esse acerto foi determinado após negociação com o próprio mercado: BM&FBovespa, Cetip, Febraban e Andima.

O mercado passou quase toda a manhã confuso, no aguardo de esclarecimentos sobre a medida cambial anunciada hoje. Após as explicações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, alguns pontos foram esclarecidos e outros ainda geravam dúvidas, pelo menos neste primeiro dia. A percepção inicial geral era a de que a cobrança de IOF estava sendo ampliada. E foi isso que determinou a pressão de alta registrada na abertura dos negócios com dólar.

O ministro voltou a esclarecer que as operações feitas no exterior estão isentas, assim como estão livres de imposto os derivativos não financeiros, mesmo que cotados em dólar. No que se refere às opções, o decreto mostrou que a tributação será feita pelo valor delta hedge da operação (grosso modo, pelo preço que contempla uma contraparte que neutraliza o risco). Quanto aos exportadores, a desoneração continua na promessa. Os técnicos da Fazenda garantiram que ela chegará, mas por enquanto está em estudo. A medida também definiu quem recolhe o tributo e a tarefa ficou com as instituições que representam o investidor. Isso não agradou a essa parte do mercado.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarMoedas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame