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Investidores institucionais crescem, mas são limitados por pouca diversificação

Brasil é líder em investimentos institucionais, mas preferência por renda fixa limita rentabilidade, diz estudo

Pouca diversificação limita fundos de pensão no país, os mais importantes para os investidores institucionais, mas menos rentáveis que os fundos mútuos (.)

Pouca diversificação limita fundos de pensão no país, os mais importantes para os investidores institucionais, mas menos rentáveis que os fundos mútuos (.)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2010 às 23h30.

São Paulo - As aplicações dos investidores institucionais aumentaram de 467,7 bilhões para 1,2 trilhão de dólares entre 2005 e 2010 no Brasil, aponta pesquisa do Bank of America Merrill Lynch divulgada nesta terça-feira (6). O salto deu ao Brasil a liderança na base agregada de investidores institucionais em toda a América Latina, respondendo por 66,5% do total na região, diz o estudo.

Os números positivos são ameaçados, porém, pela pouca diversificação dos investimentos. Uma das conseqüência é a limitação no desempenho dos fundos de pensão no país, tradicionalmente o segmento mais importante para os investidores institucionais, mas menos rentáveis que os fundos mútuos. Segundo a pesquisa,  os ativos sob gestão dos fundos mútuos aumentaram de 27% do PIB em 2002 para 52% em 2009, enquanto os ativos dos fundos de pensão não ultrapassam 20% por mais de uma década.

Os fundos de pensões fechados podem investir até 50% da carteira em ações, mas os investimentos acabam sendo quase exclusivamente voltados para a renda fixa. No fim de 2009, 67% dos ativos dos fundos de pensão foram aplicados em renda fixa,contra apenas 33% em renda variável. Um avanço recente no assunto, segundo o relatório, é a recém-aprovada resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) que permite aos fundos investir até 20% de sua carteira em companhias de carteiras especiais e aumentou o limite para o investimento estrangeiro de 3% a 10% do total ativos.

Um mergulho de maior fôlego nos mercados globais traria um desempenho mais forte para o setor, diz o relatório. Uma saída possível para a exposição internacional é através de fundos transnacionais e oferecidos por empresas de investimento domiciliadas fora do Brasil.

América latina

Mesmo num cenário conservador, a expectativa é que os investimentos institucionais continuem seu caminho de expansão em toda a região latino-americana, crescendo 2 trilhões de dólares até o ano que vem e 3 trilhões de dólares até 2014. ”O fortalecimento do mercado interno de capitais, a estabilidade macroeconômica da região e a projeção de crescimento da poupança deve aumentar a exposição à risco e abertura de capitais devem aumentar o ritmo de crescimento do investidor institucional, numa região-chave para os mercados de capitais globais”, dizem os analistas.

Na região como um todo, os ativos detidos por investidores institucionais mais do que quadruplicaram desde 2002, aumentando 25,3% em média em cada um dos países analisados (Argentina, Brazil, Colombia, Chile, Mexico e Peru).

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