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Da Redação
Publicado em 13 de abril de 2010 às 16h20.
São Paulo - Uma pesquisa realizada pelo Bank of America Merrill Lynch mostra que, no mês de abril, o número de gestores de fundos nos EUA e na Europa que estão se expondo a um risco considerado "acima do normal" é o maior desde janeiro de 2006. Segundo o banco, os investidores estão mais confiantes na capacidade das empresas de aumentar sua lucratividade.
A postura mais agressiva é fruto de melhores expectativas desses gestores com relação à recuperação da economia global. Colaboraram com a pesquisa 197 gestores que, juntos, administram um total de 546 bilhões de dólares.
O percentual de participantes que prevê um crescimento acima da media e a inflação abaixo da média aumentou de 21% em março para 32% em abril, o maior nível desde fevereiro de 2008. Não há grandes receios quanto à alta da inflação, e 42% dos gestores de fundos acreditam que o Fed, o Banco Central Americano, deve aumentar suas taxas de juros apenas em 2011.
Algumas mudanças qualitativas chamam a atenção. Os grandes investidores, em abril, reduziram suas posições em papéis de bancos, e aumentaram a exposição de suas carteiras a papéis de setores cíclicos, que têm uma maior sensibilidade à recuperação da economia.
A pesquisa de abril mostra um número crescente de investidores preveem um cenário de crescimento elevado e infalação benigna. Os resultados são consistentes com a visão de que o mercado americano, longe de ainda precisar de cuidados intensivos, já caminha de volta à boa saúde", diz Michael Hartnett, estrategista-chefe do Bank of America.
Lucros
A pesquisa do banco mostra que o otimismo dos investidores quanto à melhora nos fundamentos das empresas aumentou consideravelmente. Em abril, mais de 70% dos participantes acreditam que os lucros corporativos vão crescer 10% ou mais nos próximos 12 meses. Em março, esse percentual era de 53%.
Estes investidores não apenas esperam maior lucratividade, como também desejam ver alguma expansão. A prioridade das empresas, para 43% dos gestores de fundo, deveria ser o aumento de capital. Esse percentual é o maior desde junho de 2006.