Investidor ganha até 2.200% com queda abrupta das ações da OGX
Movimentação atípica em papéis provoca fortes oscilações no mercado de opções
Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2012 às 15h33.
São Paulo – O mercado de opções sobre ações é visto como uma alternativa para uma segurança adicional para quem investe e segura os papéis de alguma empresa por um tempo. O evento desta quarta-feira com a OGX ( OGXP3 ) traz um exemplo raro sobre como este tipo de ambiente funciona e também os riscos envolvidos. Os ativos da empresa de petróleo do empresário Eike Batista apresentaram uma queda de 29,4%, na mínima do dia, para 5,91 reais.
A empresa anunciou que, após cinco meses, concluiu os testes de longa duração na região que fica na Bacia de Campos. A conclusão é de que a área tem capacidade de ideal de 5 mil barris de óleo equivalente por dia por poço para os dois primeiros nesse estágio inicial. A expectativa estava em torno de 15 a 20 mil. Há pouco, a OGX anunciou que fará às 18h15, horário de Brasília, uma teleconferência para explicar o anúncio.
Opções
A variação atípica dos papéis no mercado à vista provocou oscilações ainda mais fortes no mercado de opções. Na terça-feira, por exemplo, quem comprou um papel que conferia o direito de vender a ação a 9 reais (put) no vencimento do contrato (16 de julho) pagou por ele, no menor preço do dia, cerca de 13 centavos.
Hoje, o mesmo contrato vale 3,08 reais, uma variação de 2.200%. Os contratos estão com 1.090 negócios (até às 14h11), com um giro de quase 2 milhões de reais. Como a ação naquele dia negociava acima de 10 reais, o papel com direito de venda a 9 reais era pouco procurado. Quem comprou, contudo, ganhou muito.
Por outro lado, quem comprou o direito de compra (call) a, por exemplo, 7 reais, perde hoje aproximadamente 85%. Com os papéis negociando abaixo de 6 reais, o direito de compra a 7 reais perde em valor. Quando comprou, o investidor poderia estar apostando em alta das ações. Agora, que aposta em um repique pode buscar hoje esse papel e, quando ele ultrapassar o nível do contrato, começa a ganhar.
Cautela
Entretanto, operar sem a ação para entregar pode ser um grande risco. Quem possui o direito de venda a um valor abaixo do verificado no dia do final do contrato precisará compra-la a um preço mais alto para a entrega.
“Quem compra a seco, sem a ação, só o recibo, hoje ganhou bastante. Apesar disso, qualquer pessoa sensata não compra 100 mil reais nisso. Mas tem gente que compra todo o mês quando vê um sinal forte de análise técnica compra e se arrisca. O investimento, contudo, pode virar pó se isso não acontecer. As opções são um instrumento de proteção. Quem usa apenas para jogo pode perder tudo. E geralmente perde”, explica Cassio Younis, educador financeiro e CEO da Bastter.com, portal de educação financeira.
Para Edson Hydalgo, sócio da InTrader D.T.V.M, o momento torna ainda análise técnica dos papéis quase impossível. Ele explica que, até ontem, as ações indicavam uma tendência de alta, principalmente se rompessem uma forte resistência perto dos 9 reais e que foi testada três vezes desde 8 de agosto do ano passado. “Agora é esperar para ver o que a empresa diz na teleconferência”, ressalta.
São Paulo – O mercado de opções sobre ações é visto como uma alternativa para uma segurança adicional para quem investe e segura os papéis de alguma empresa por um tempo. O evento desta quarta-feira com a OGX ( OGXP3 ) traz um exemplo raro sobre como este tipo de ambiente funciona e também os riscos envolvidos. Os ativos da empresa de petróleo do empresário Eike Batista apresentaram uma queda de 29,4%, na mínima do dia, para 5,91 reais.
A empresa anunciou que, após cinco meses, concluiu os testes de longa duração na região que fica na Bacia de Campos. A conclusão é de que a área tem capacidade de ideal de 5 mil barris de óleo equivalente por dia por poço para os dois primeiros nesse estágio inicial. A expectativa estava em torno de 15 a 20 mil. Há pouco, a OGX anunciou que fará às 18h15, horário de Brasília, uma teleconferência para explicar o anúncio.
Opções
A variação atípica dos papéis no mercado à vista provocou oscilações ainda mais fortes no mercado de opções. Na terça-feira, por exemplo, quem comprou um papel que conferia o direito de vender a ação a 9 reais (put) no vencimento do contrato (16 de julho) pagou por ele, no menor preço do dia, cerca de 13 centavos.
Hoje, o mesmo contrato vale 3,08 reais, uma variação de 2.200%. Os contratos estão com 1.090 negócios (até às 14h11), com um giro de quase 2 milhões de reais. Como a ação naquele dia negociava acima de 10 reais, o papel com direito de venda a 9 reais era pouco procurado. Quem comprou, contudo, ganhou muito.
Por outro lado, quem comprou o direito de compra (call) a, por exemplo, 7 reais, perde hoje aproximadamente 85%. Com os papéis negociando abaixo de 6 reais, o direito de compra a 7 reais perde em valor. Quando comprou, o investidor poderia estar apostando em alta das ações. Agora, que aposta em um repique pode buscar hoje esse papel e, quando ele ultrapassar o nível do contrato, começa a ganhar.
Cautela
Entretanto, operar sem a ação para entregar pode ser um grande risco. Quem possui o direito de venda a um valor abaixo do verificado no dia do final do contrato precisará compra-la a um preço mais alto para a entrega.
“Quem compra a seco, sem a ação, só o recibo, hoje ganhou bastante. Apesar disso, qualquer pessoa sensata não compra 100 mil reais nisso. Mas tem gente que compra todo o mês quando vê um sinal forte de análise técnica compra e se arrisca. O investimento, contudo, pode virar pó se isso não acontecer. As opções são um instrumento de proteção. Quem usa apenas para jogo pode perder tudo. E geralmente perde”, explica Cassio Younis, educador financeiro e CEO da Bastter.com, portal de educação financeira.
Para Edson Hydalgo, sócio da InTrader D.T.V.M, o momento torna ainda análise técnica dos papéis quase impossível. Ele explica que, até ontem, as ações indicavam uma tendência de alta, principalmente se rompessem uma forte resistência perto dos 9 reais e que foi testada três vezes desde 8 de agosto do ano passado. “Agora é esperar para ver o que a empresa diz na teleconferência”, ressalta.