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Indústria dos EUA rouba brilho de acordo sobre dívida

Dado se soma a vários outros sinais de desaceleração da economia dos Estados Unidos, mostrando estagnação no primeiro semestre

O Ibovespa e os principais índices norte-americanos, que subiam cerca de 1%, passaram a cair praticamente na mesma proporção (Timothy A. Clary/AFP)
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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2011 às 13h23.

São Paulo - A fraqueza da indústria norte-americana frustrava nesta segunda-feira a animação dos mercados com o acordo sobre a dívida dos Estados Unidos.

O índice da atividade manufatureira norte-americana, medido pelo Instituto para Gestão do Fornecimento (ISM), caiu de 55,3 em junho para 50,9 no mês passado, o menor nível desde julho de 2009. Economistas esperavam uma leitura de 54,9, sendo que qualquer número abaixo de 50 indica contração. O dado se soma a vários outros sinais de desaceleração da economia dos Estados Unidos. A economia ficou praticamente estagnada no primeiro semestre, e a partir do meio do ano já não conta com a ajuda do programa de estímulo monetário do Federal Reserve, o "quantitative easing".

O indicador derrubou as bolsas imediatamente. O Ibovespa e os principais índices norte-americanos, que subiam cerca de 1 por cento, passaram a cair praticamente na mesma proporção.

Os investidores aguardavam agora a votação do acordo sobre a dívida dos Estados Unidos. Na Câmara, a expectativa é de que o plano seja aprovado à noite, antes do que no Senado. O líder da maioria do Senado, Harry Reid, disse esperar que o projeto seja votado ainda nesta segunda-feira.

O texto permite a elevação da dívida norte-americana e prevê a redução do déficit orçamentário ao longo dos próximos anos, mas não na proporção defendida pelas agências de risco.

Ainda assim, afasta a possibilidade de um calote.

De acordo com o Comitê Orçamentário do Congresso, a redução de gastos deve alcançar no mínimo 2,1 trilhões de dólares nos próximos 10 anos. O plano não prevê aumento de receitas, em uma vitória dos republicanos sobre os democratas.

No Brasil, o dólar seguia a tendência internacional de valorização de aversão a risco.

Na agenda de indicadores, o mercado financeiro elevou a previsão para a inflação em 2012, mas cortou o cenário para a taxa de juro, segundo o relatório Focus divulgado pelo Banco Central. O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) reduziu o ritmo de queda em julho, de 0,18 por cento em junho para 0,04 por cento, com a diminuição do recuo dos alimentos e a alta dos transportes. Por fim, a balança comercial brasileira fechou julho com superávit de 3,135 bilhões de dólares, 29,18 por cento a menos do que o saldo visto em junho. Em um ano, no entanto, o indicador mais do que dobrou no mês passado.

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O indicador derrubou as bolsas imediatamente. O Ibovespa e os principais índices norte-americanos, que subiam cerca de 1 por cento, passaram a cair praticamente na mesma proporção.

Os investidores aguardavam agora a votação do acordo sobre a dívida dos Estados Unidos. Na Câmara, a expectativa é de que o plano seja aprovado à noite, antes do que no Senado. O líder da maioria do Senado, Harry Reid, disse esperar que o projeto seja votado ainda nesta segunda-feira.

O texto permite a elevação da dívida norte-americana e prevê a redução do déficit orçamentário ao longo dos próximos anos, mas não na proporção defendida pelas agências de risco.

Ainda assim, afasta a possibilidade de um calote.

De acordo com o Comitê Orçamentário do Congresso, a redução de gastos deve alcançar no mínimo 2,1 trilhões de dólares nos próximos 10 anos. O plano não prevê aumento de receitas, em uma vitória dos republicanos sobre os democratas.

No Brasil, o dólar seguia a tendência internacional de valorização de aversão a risco.

Na agenda de indicadores, o mercado financeiro elevou a previsão para a inflação em 2012, mas cortou o cenário para a taxa de juro, segundo o relatório Focus divulgado pelo Banco Central. O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) reduziu o ritmo de queda em julho, de 0,18 por cento em junho para 0,04 por cento, com a diminuição do recuo dos alimentos e a alta dos transportes. Por fim, a balança comercial brasileira fechou julho com superávit de 3,135 bilhões de dólares, 29,18 por cento a menos do que o saldo visto em junho. Em um ano, no entanto, o indicador mais do que dobrou no mês passado.

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