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Indiferente a IOF, dólar cai à mínima em mais de 2 anos

A moeda norte-americana caiu 1 por cento, a 1,675 real. É o menor patamar de fechamento desde 2 de setembro de 2008

O governo brasileiro elevou o imposto sobre investimentos externos em renda fixa de 2 para 4% a partir desta terça-feira (.)

O governo brasileiro elevou o imposto sobre investimentos externos em renda fixa de 2 para 4% a partir desta terça-feira (.)

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2010 às 17h37.

São Paulo - O corte do juro no Japão a zero e a expectativa de mais estímulos nos Estados Unidos derrubaram o dólar nesta terça-feira, pegando o governo no contrapé após o aumento do imposto sobre investimentos estrangeiros em renda fixa.

A moeda norte-americana caiu 1 por cento, a 1,675 real. É o menor patamar de fechamento desde 2 de setembro de 2008, antes da quebra do banco Lehman Brothers que agravou a crise financeira global.

O governo brasileiro elevou o imposto sobre investimentos externos em renda fixa de 2 para 4 por cento a partir desta terça-feira, em uma tentativa de frear a entrada de capital especulativo.

Mas "o mercado vê (o aumento do IOF) como inócuo diante do cenário externo", disse Luciano Rostagno, estrategista-chefe da CM Capital Markets.

Às 16h30, o euro avançava 1,2 por cento, acima de 1,38 dólar e no maior nível em oito meses. A moeda dos Estados Unidos caía 0,9 por cento em relação a uma cesta com as principais divisas.

A tomada de crédito no exterior para aplicação no Brasil ficou ainda mais barata com o corte do juro básico no Japão a uma faixa entre zero e 0,1 por cento .

A medida, que surpreendeu o mercado, aumentou a expectativa por um anúncio de novos estímulos também nos Estados Unidos. O presidente do Federal Reserve de Chicago, Charles Evans, disse ao Wall Street Journal que é favorável a "muito mais" estímulos à economia para combater o desemprego .

"Enquanto a liquidez global seguir alta, os preços das commodities continuarem a subir e algumas taxas de câmbio em países avançados permanecerem em queda, o mercado vai continuar a pressionar o real para cima", avaliaram Paulo Leme e Luis Cezario, economistas do banco Goldman Sachs.

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