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Índices ficam estáveis com ganhos da Apple e abismo fiscal

Papeis da Apple voltaram a subir depois de pior queda em quatro anos


	O desempenho da ação da Apple e as conversas sobre o abismo fiscal nos EUA fizeram os mercados de reféns, afirmou um analista
 (©AFP/Getty Images / Allison Joyce)

O desempenho da ação da Apple e as conversas sobre o abismo fiscal nos EUA fizeram os mercados de reféns, afirmou um analista (©AFP/Getty Images / Allison Joyce)

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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2012 às 15h20.

Nova York - As ações norte-americanas operavam perto da estabilidade nesta quinta-feira, com projeções otimistas da Broadcom e a recuperação do papel da Apple ajudando a suspender o setor tecnológico, enquanto investidores monitoram notícias de Washington em busca de sinais de progresso nas negociações sobre o abismo fiscal.

Às 15h52 (horário de Brasília), o índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuava 0,07 por cento, para 13.025 pontos. O índice Standard & Poor's 500 tinha valorização de 0,02 por cento, para 1.409 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq subia 0,37 por cento, para 2.984 pontos.

A Apple anulou as perdas de 3,7 por cento registradas na abertura, e que momentaneamente derrubaram o valor de mercado da companhia mais valiosa do mundo para menos de 500 bilhões de dólares. Às 15h57, a ação da companhia tinha alta de 1,48 por cento, para 546,78 dólares, um dia após sua pior queda em quatro anos.

O setor tecnológico também foi impulsionado pela fabricante de chips Broadcom, que tinha alta de 1,60 por cento, para 32,86 dólares, um dia após estimar receita no quarto trimestre no teto da faixa que estabeleceu como meta, citando vendas levemente melhores do que esperado em suas operações de dispositivos móveis.

Mas as discussões orçamentárias ocupavam o centro das atenções entre os investidores. O presidente Barack Obama disse que pode haver um acordo em breve para evitar o abismo fiscal --imensos aumentos de impostos e cortes de gastos que passam a valer automaticamente em janeiro, possivelmente derrubando a economia norte-americana a uma nova recessão.


Enquanto líderes republicanos na Câmara dos Deputados insistem que aumentar os tributos para os mais ricos --fator defendido por Obama-- é uma opção não negociável, alguns parlamentares do partido veem essa possibilidade como inevitável para se evitar o abismo fiscal.

"(Os mercados) Estão realmente sendo reféns (das negociações sobre o abismo fiscal) e da movimentação do papel da Apple", disse o estrategista-chefe técnico do Delta Global Asset Management em Boston, Bruce Zaro.

"Voltamos ao modo em que há uma correlação direta entre o mercado e a Apple --operadores parecem focar nas oscilações da Apple e sobre qual o seu impacto sobre os índices", acrescentou.

Sem ação do Congresso nas próximas semanas, desonerações sobre ganhos de capital e dividendos deixam ainda de valer no final deste ano.

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