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Índices da Bolsa de NY fecham em direções divergentes

Criação de empregos nos EUA superou expectativas do mercado, mas queda da confiança do consumidor contribuiu para resultados mistos dos índices

Bolsa de NY: enquanto o Dow Jones e o S&P 500 registraram valorização, o Nasdaq recuou  (©AFP/Getty Images / Allison Joyce)
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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2012 às 20h00.

Nova York - Os principais índices acionários da Bolsa de Nova York fecharam em direções divergentes nesta sexta-feira, após a divulgação de indicadores mistos sobre a economia dos Estados Unidos. Apesar de terem sido criados mais postos de trabalho do que o esperado em novembro, a confiança do consumidor ficou bem abaixo das previsões dos analistas.

O índice Dow Jones ganhou 81,09 pontos (0,62%) e fechou a 13.155,13 pontos. Com isso, na semana houve alta de 0,99%. O S&P 500 avançou 4,13 pontos (0,29%), encerrando a 1.418,07 pontos. No acumulado da semana, o ganho foi de 0,13%. O Nasdaq recuou 11,23 pontos (0,38%) e terminou a 2.978,04 pontos, aprofundando a perda na semana para 1,07%.

O Departamento do Trabalho divulgou que a economia dos EUA criou 146 mil empregos em novembro, bem mais do que as 80 mil vagas previstas pelos analistas. A taxa de desemprego caiu para 7,7%, melhor do que a taxa de 7,9% esperada e o nível mais baixo desde dezembro de 2008. A reação inicial dos mercados foi fortemente positiva.

No entanto, o entusiasmo foi diminuindo, em função da revisão dos dados de meses anteriores do payroll e da queda no índice de sentimento do consumidor medido pela Reuters/Universidade de Michigan. A confiança caiu para 74,5 na leitura preliminar de dezembro, bem abaixo das expectativas dos analistas ouvidos pela Dow Jones, que esperavam uma leitura de 82,0.

"O mercado de trabalho está melhorando moderadamente, mas ainda estamos longe de uma situação saudável. E ainda estamos no meio dessa turbulência em Washington", disse Ron Florance, diretor-gerente de estratégia de investimento do Wells Fargo Private Bank. Ele se referiu às negociações entre o Congresso e a Casa Branca para evitar o "abismo fiscal", uma série de cortes de gastos e aumentos de impostos programada para entrar em vigor no começo do ano que vem e que faria a economia cair em recessão.


Mais cedo, o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, afirmou que não houve progresso nas negociações. Ele conversou com o presidente Barack Obama na quarta-feira e as respectivas equipes retomaram as conversações na quinta. "A conversa telefônica foi agradável, mas foi um pouco mais do mesmo", disse Boehner. Ele afirmou que Obama adotou deliberadamente uma estratégia para economia lenta.

Na Europa, notícias sobre a economia da Alemanha afetaram negativamente o humor dos investidores. O Bundesbank, o banco central do país, cortou as estimativas de crescimento local e afirmou que a maior economia da Europa ameaça cair em uma recessão nos próximos meses.

Itália e Grécia também foram destaque. O partido liderado pelo ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi retirou seu apoio ao governo do premiê Mario Monti. E na Grécia os maiores bancos do país concordaram em participar do programa de recompra de bônus do governo.

No noticiário corporativo, as ações da seguradora AIG subiram 2,62%, após relatos de que a companhia está em conversas para vender sua unidade de leasing de aeronaves para um consórcio chinês. Já a McGraw-Hill avançou 4,16%, depois de anunciar que vai pagar um dividendo especial de US$ 2,50 por ação no dia 27 de dezembro. Diversas companhias norte-americanas têm tomado decisões semelhantes, com medo do potencial aumento de impostos no ano que vem.


Enquanto isso, as ações da Apple perderam 2,56%. Na véspera, o executivo-chefe da empresa, Tim Cook, falou que a Apple vai trazer parte de sua produção dos computadores Mac para os EUA. Também na quinta-feira, houve uma nova rodada de audiência em um tribunal da Califórnia sobre a briga de patentes envolvendo a Samsung.

Entre as blue chips, os destaques de alta foram JPMorgan (+2,63%), Dow Chemical (+2,23%) e Ford Motor (+2,14%). No campo negativo aparecem Master Card, com queda de 1,00%, e Alcoa, com retração de 0,82%. As informações são da Dow Jones.

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Nova York - Os principais índices acionários da Bolsa de Nova York fecharam em direções divergentes nesta sexta-feira, após a divulgação de indicadores mistos sobre a economia dos Estados Unidos. Apesar de terem sido criados mais postos de trabalho do que o esperado em novembro, a confiança do consumidor ficou bem abaixo das previsões dos analistas.

O índice Dow Jones ganhou 81,09 pontos (0,62%) e fechou a 13.155,13 pontos. Com isso, na semana houve alta de 0,99%. O S&P 500 avançou 4,13 pontos (0,29%), encerrando a 1.418,07 pontos. No acumulado da semana, o ganho foi de 0,13%. O Nasdaq recuou 11,23 pontos (0,38%) e terminou a 2.978,04 pontos, aprofundando a perda na semana para 1,07%.

O Departamento do Trabalho divulgou que a economia dos EUA criou 146 mil empregos em novembro, bem mais do que as 80 mil vagas previstas pelos analistas. A taxa de desemprego caiu para 7,7%, melhor do que a taxa de 7,9% esperada e o nível mais baixo desde dezembro de 2008. A reação inicial dos mercados foi fortemente positiva.

No entanto, o entusiasmo foi diminuindo, em função da revisão dos dados de meses anteriores do payroll e da queda no índice de sentimento do consumidor medido pela Reuters/Universidade de Michigan. A confiança caiu para 74,5 na leitura preliminar de dezembro, bem abaixo das expectativas dos analistas ouvidos pela Dow Jones, que esperavam uma leitura de 82,0.

"O mercado de trabalho está melhorando moderadamente, mas ainda estamos longe de uma situação saudável. E ainda estamos no meio dessa turbulência em Washington", disse Ron Florance, diretor-gerente de estratégia de investimento do Wells Fargo Private Bank. Ele se referiu às negociações entre o Congresso e a Casa Branca para evitar o "abismo fiscal", uma série de cortes de gastos e aumentos de impostos programada para entrar em vigor no começo do ano que vem e que faria a economia cair em recessão.


Mais cedo, o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, afirmou que não houve progresso nas negociações. Ele conversou com o presidente Barack Obama na quarta-feira e as respectivas equipes retomaram as conversações na quinta. "A conversa telefônica foi agradável, mas foi um pouco mais do mesmo", disse Boehner. Ele afirmou que Obama adotou deliberadamente uma estratégia para economia lenta.

Na Europa, notícias sobre a economia da Alemanha afetaram negativamente o humor dos investidores. O Bundesbank, o banco central do país, cortou as estimativas de crescimento local e afirmou que a maior economia da Europa ameaça cair em uma recessão nos próximos meses.

Itália e Grécia também foram destaque. O partido liderado pelo ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi retirou seu apoio ao governo do premiê Mario Monti. E na Grécia os maiores bancos do país concordaram em participar do programa de recompra de bônus do governo.

No noticiário corporativo, as ações da seguradora AIG subiram 2,62%, após relatos de que a companhia está em conversas para vender sua unidade de leasing de aeronaves para um consórcio chinês. Já a McGraw-Hill avançou 4,16%, depois de anunciar que vai pagar um dividendo especial de US$ 2,50 por ação no dia 27 de dezembro. Diversas companhias norte-americanas têm tomado decisões semelhantes, com medo do potencial aumento de impostos no ano que vem.


Enquanto isso, as ações da Apple perderam 2,56%. Na véspera, o executivo-chefe da empresa, Tim Cook, falou que a Apple vai trazer parte de sua produção dos computadores Mac para os EUA. Também na quinta-feira, houve uma nova rodada de audiência em um tribunal da Califórnia sobre a briga de patentes envolvendo a Samsung.

Entre as blue chips, os destaques de alta foram JPMorgan (+2,63%), Dow Chemical (+2,23%) e Ford Motor (+2,14%). No campo negativo aparecem Master Card, com queda de 1,00%, e Alcoa, com retração de 0,82%. As informações são da Dow Jones.

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